A maior câmera do mundo! As primeiras imagens do observatório Vera Rubin foram divulgadas
Primeiras fotos obtidas pelo telescópio Vera Rubin foram divulgadas por astrônomos essa semana e mostram detalhes do Universo.

Considerado como um dos maiores e melhores observatórios do mundo, o Observatório Vera C. Rubin é uma instalação astronômica localizada no Chile que irá realizar o projeto chamado de Legacy Survey of Space and Time (LSST). O projeto tem como objetivo mapear o céu noturno diariamente utilizando um telescópio de 8,4 metros de diâmetro. Além disso, o observatório possui uma câmera de 3,2 gigapixels que é a maior câmera digital já construída para a astronomia.
O observatório foi criado para capturar imagens de todo o céu visível diariamente durante uma década. Com isso, ele poderá detectar mudanças e fenômenos variáveis com uma precisão muito maior. Ao varrer o céu repetidamente, ele gerará um grande volume de dados, permitindo a descoberta de milhões de novos objetos, desde asteroides próximos da Terra até supernovas distantes. Essa abordagem ajudará a estudar melhor fenômenos transitórios ou que acontecem rapidamente.
Nesta semana, as primeiras imagens obtidas pelo Observatório Vera Rubin foram divulgadas pelos astrônomos responsáveis. As imagens mostraram nebulosas e galáxias em fotos detalhadas do céu. Essas primeiras imagens, que ajudam a calibrar o telescópio, já conseguem demonstrar a capacidade do telescópio e de sua câmera em capturar dados de alta resolução. As imagens que chamaram atenção são do céu e também de nebulosa fotografada detalhadamente.
Observatório Vera Rubin
O Observatório Vera C. Rubin está localizado na Montanha Pachón no Chile e possui um telescópio de 8,4 metros de diâmetro assim como a maior câmera digital com 3,2 gigapixels. O observatório foi contruído como parte de uma missão que visa mapear o céu todas as noites durante 10 anos. O nome dessa missão é Legacy Survey of Space and Time (LSST) que ajudará a entender detalhes de fenômenos no Universo.
A principal vantagem do observatório, que será um avanço na Astronomia, é justamente a capacidade de detectar mudanças em tempo real no Universo. Como o telescópio mapeia o céu constantemente, ele gera um grande volume de dados gerado. Esses dados possibilitarão criar catálogos com objetos já conhecidos e milhões de objetos que ainda são desconhecidos para nós.
Baú do Tesouro Cósmico
Uma das primeiras imagens divulgadas pelo observtório é chamada de Baú do Tesouro Cósmico ou, em inglês, The Cosmic Treasure Chest. A foto foi composta por mais de 1100 capturas do Observatório Vera C. Rubin. Na foto podemos observar diferentes objetos presentes como diferentes tipos de galáxias e algumas estrelas. Essa imagem mostra um gostinho do que esperar nos próximos 10 anos de missão do observtório.

Segundo o observtório, a imagem inclui cerca de 10 milhões de galáxias. Isso é estimado como cerca de aproximadamente 0,05% das cerca de 20 bilhões que o observatório capturará na próxima década. Esse número ajudará a entender melhor a distribuição de galáxias no Universo assim como a distribuição de matéria escura.
Nebulosas
Outra foto que foi divulgada pelo observatório foi a que mostra as nebulosas chamadas de Nebulosa da Trífida e a Nebulosa da Lagoa. Ambas as nebulosas estão localizadas a milhares de anos-luz de distância da Terra. A imagem combina 678 fotos capturadas pelo Observatório Vera C. Rubin em pouco mais de sete horas. Essa foto ajuda a observar com detalhes as nebulosas que mostram formação estelar.

As duas nebulosas são regiões de formação estelar ativa onde as estrelas jovens e quentes estão ionizando o gás ao redor. A Nebulosa da Trífida, também conhecida como Messier 20, é dividida por faixas escuras de poeira. Já a Nebulosa da Lagoa, ou Messier 8, tem uma estrutura que lembra a uma lagoa graças ao brilho do gás ionizado. O Vera Rubin contribuirá para entender o processo de formação de estrelas.
Aglomerado de Virgem
As duas últimas imagens divulgadas pelo observatório como parte das primeiras imagens observadas é uma composição do Aglomerado de Virgem. O observatório conseguiu capturar duas regiões que mostram o Aglomerado de Virgem. Diferentes galáxias podem ser vistas nas imagens como galáxias espirais, galáxias que estão se fundindo e até estrelas da Via Láctea.

O Aglomerado de Virgem é um dos maiores aglomerados de galáxias próximos ao Grupo Local. Esse aglomerado contém centenas a milhares de galáxias sendo várias que são observadas constatementes por serem brilhantes. Além disso, o aglomerdo de Virgem é parte do superaglomerado de Virgem que é uma estrutura ainda maior que inclui até mesmo o Grupo Local.
Referência da notícia
Welcome to your First Look at the cosmos from NSF–DOE Rubin Observatory