Dia Mundial da Conscientização sobre Tsunamis 2025: "Prepare-se para tsunamis investindo em segurança"
A perigosa relação entre tsunamis e mudanças climáticas está na elevação do nível do mar, que amplifica seu impacto, permitindo que as ondas penetrem mais profundamente em áreas costeiras habitadas.
O Dia Mundial da Conscientização sobre Tsunamis deste ano foca na necessidade de financiar a criação de litorais seguros e comunidades preparadas para tsunamis. No âmbito do programa global "Tsunami Ready" da UNESCO, a campanha deste ano procura promover a colaboração entre governos, cientistas, líderes locais e cidadãos para reduzir os riscos e proteger vidas.
Investir em protocolos, educação e treinamentos, infraestrutura, tecnologias e sistemas de alerta precoce para vários riscos não é uma despesa: é um investimento em segurança, desenvolvimento e sustentabilidade. Tsunamis podem ser mortais, mas podemos evitar que a ameaça se transforme em um desastre de grandes proporções.
Para apoiar a implementação eficaz do programa, foi criado um visualizador, o Visor Tsunami Ready, que fornece um mapa das comunidades vulneráveis. Essa ferramenta permite que as comunidades participem de simulações, corridas ou caminhadas ao longo das rotas de evacuação de tsunamis, ajudando-as a se preparar para desastres naturais e a aumentar sua resiliência.
O que são tsunamis?
A palavra "tsunami" (ou sunami) é formada pelas palavras japonesas "tsu" (porto) e "nami" (onda). Um tsunami é uma série de ondas gigantes produzidas por uma perturbação submarina, geralmente associada a terremotos que ocorrem no fundo do oceano ou próximo a ele.
Essas ondas gigantes são geradas por um movimento vertical repentino do fundo do mar, que desloca rapidamente uma grande massa de água. Embora os terremotos submarinos sejam a principal causa, eles também podem ser desencadeados por erupções vulcânicas, grandes deslizamentos de terra submarinos (ou costeiros) e até mesmo pelo impacto de um meteorito no oceano.
Quando um tsunami atinge a costa, geralmente aparece como uma parede de água que se abate com força tremenda. As ondas chegam em uma série de ataques que podem durar várias horas, com um intervalo de 5 a 60 minutos entre cada um.
A primeira onda é enganosa, pois pode ser pequena ou quase imperceptível, mas as ondas subsequentes costumam ser muito maiores e mais destrutivas. É comum que a água recue drasticamente (expondo o fundo do mar) antes que uma nova onda poderosa se abata sobre ela, arrastando detritos e danos causados pelas ondas anteriores.
Os tsunamis possuem diversas peculiaridades que os distinguem das ondas normais:
- Não são ondas superficiais: ao contrário das ondas geradas pelo vento, um tsunami desloca toda a coluna de água do fundo do mar até a superfície, conferindo-lhe imensa energia.
- Velocidade de um avião: em mar aberto, onde a profundidade é grande, viajam a velocidades de 500 a 900 km/h, semelhantes às de um avião a jato, mas são quase imperceptíveis, com alturas de apenas alguns centímetros.
- Comprimento de onda gigante: seu comprimento de onda (a distância entre duas cristas) pode chegar a centenas de quilômetros, enquanto o de uma onda normal é de apenas alguns metros.
- Recuo do mar: um sinal natural da aproximação de um tsunami é o recuo repentino do mar, expondo o fundo do oceano. Isso ocorre porque a crista da onda que se aproxima é precedida por uma depressão.
O tsunami mais destrutivo da história
O tsunami do Oceano Índico de 2004 foi o desastre mais devastador do seu tipo na história moderna, desencadeado por um terremoto de magnitude 9,1 na costa de Sumatra.
Ondas gigantes, com mais de 30 metros de altura, causaram destruição generalizada em 14 países. A tragédia deixou um saldo assustador de mais de 227.000 mortes confirmadas e milhões de desabrigados no Sudeste Asiático e na África.