Coronavírus: voos "para lugar nenhum" na Austrália

A companhia aérea Qantas lançou uma nova iniciativa para sobrevoar os pontos turísticos mais importantes do país em um vôo de 7 horas. As passagens se esgotaram em apenas 10 minutos.

Coronavírus covídeo de voo da Qantas Austrália
O voo sairá de Sydney e voltará ao mesmo ponto após um passeio turístico de 7 horas.

A companhia aérea de bandeira australiana Qantas colocou à venda na última quinta-feira (17) um "vôo para lugar nenhum" que sobrevoará alguns dos principais destinos turísticos do país no dia 10 de Outubro.

A nova iniciativa, em resposta às medidas restritivas impostas ao mundo aeronáutico por conta da pandemia do coronavírus, foi tal que em apenas 10 minutos os ingressos se esgotaram.

"A Qantas vai operar um voo panorâmico especial sobre o Território do Norte, Queensland e Nova Gales do Sul. Em resposta à forte demanda de viajantes frequentes que querem apenas voar", disse a companhia aérea australiana em um comunicado divulgado. quinta-feira.

Os detalhes do voo incomum

O vôo decolará de Sydney e viajará pela costa de Nova Gales do Sul, cruzando a fronteira de Queensland para sobrevoar Gold Coast, Brisbane e Sunshine Coast antes de continuar para o norte e sobrevoar Whitsundays e a Grande Barreira de Corais. Em seguida, você cruzará o país até Uluru e Kata Tjuta para mostrar o icônico centro vermelho antes de retornar a Sydney.

Quem teve a sorte de conseguir uma passagem no "vôo para lugar nenhum" também poderá desfrutar do cardápio preparado pelo famoso chef da mídia australiano Neil Perry. O custo total das passagens variou de $572 a $2.754.

Coronavírus voo da Qantas Austrália
Se houver demanda, mais desses voos panorâmicos serão considerados, disse a empresa.

O voo na aeronave Boeing 787 Dreamliner, normalmente utilizada em rotas internacionais, permite que a viagem seja feita sem que o passageiro tenha que realizar a quarentena de 14 dias, que é imposta às pessoas que residem nos chamados "surtos de COVID" quando viajam para outro estado. "Não é necessário passaporte ou quarentena", afirma o comunicado.

"É provavelmente o voo de venda mais rápida da história da Qantas", disse o CEO da Qantas, Alan Joyce, à CNN. "As pessoas claramente sentem falta da viagem e da experiência de voar. Se houver demanda, com certeza consideraremos fazer mais desses voos panorâmicos enquanto todos esperamos a abertura das fronteiras".

Nesse sentido, a Qantas decidiu retomar a partir de Novembro as rotas de 12 horas que anteriormente oferecia para sobrevoar a Antártica a bordo de aeronaves Boeing 787 como medida para mitigar os efeitos econômicos do COVID-19.