Golfinhos rosa povoam as águas de Hong Kong após medidas na pandemia

A pandemia do coronavírus teve um grande impacto nas indústrias de cruzeiros e balsas em todo o mundo. Em Hong Kong, as balsas de alta velocidade foram fechadas temporariamente desde o início da pandemia. Pouco tempo depois de as águas se estabilizarem, uma grande quantidade de golfinhos retornaram às águas de Hong Kong devido ao ambiente mais silencioso.

Esses são conhecidos como Golfinhos-cor-de-rosa, Golfinhos Indo-Pacífico ou Golfinho Brancos Chines. São encontrados nas águas costeiras dos oceanos Índico oriental e Pacífico ocidental. Historicamente, vivem em torno das águas costeiras da China central no leste e sudeste da Ásia. Hoje em dia, são mais escassos pelo fato de que em muitas áreas que habitavam, há muito atividade humana, não podendo se encontrados com facilidade, como afirma a A Conservação de Baleias e Golfinhos do Reino Unido. O resultado, a espécie é considerada ameaçada de extinção.

Curiosamente, sua aparência depende de onde vivem, muitas vezes parecem cinza-claro e, quando envelhecem, podem parecer brancos na China, mas em Hong Kong parecem ligeiramente rosados. Em outros lugares, eles se apresentam mais próximos do cinza, como normalmente são os golfinhos comuns.

Retorno significativo às águas de Hong Kong

Os biólogos acreditam que um dos principais problemas que os mamíferos marinhos enfrentam nas águas de Hong Kong são as rotas de transporte marítimo rápido, que ligam Macau a outros portos do Delta do Rio das Pérolas. Os Golfinhos-cor-de-rosa anteriormente evitavam as águas ao redor de Hong Kong por causa dos barcos de alta velocidade que operavam por lá. Agora que o tráfego de água foi reduzido, a população de golfinhos aumentou 30% desde Março, de acordo com os pesquisadores.

Hong Kong foi um dos primeiros lugares a notificar casos positivos de coronavírus fora da China continental. Como resultado, a comunidade ficou em lockdown. Desde 4 de Fevereiro de 2020, todos os serviços de transporte marítimo entre Macau e Hong Kong operados pela Turbojet e Cotai Water Jet foram interrompidos.

A pesquisadora marinha, Dra. Lindsay Porter, da Universidade de St Andrews, estuda essas espécies e, enquanto realizava as pesquisas, notou um forte aumento no número de golfinhos na época em que Hong Kong e Macau fecharam suas fronteiras. Os pesquisadores descobriram que a redução dos níveis de ruído subaquático está correlacionada com um maior número de filhotes nascendo - aumentando a população como resultado. No entanto, parar as balsas pode não ser suficiente para proteger as espécies, então grupos de conservação como o WWF Hong Kong estão pedindo um meio de proteger as espécies agora que voltaram, reduzindo a poluição e outras ameaças.