Os ciclones extratropicais afetam o tempo e clima em boa parte do Brasil, por estarem relacionados ao regime de chuvas e eventos extremos. Pesquisas sobre como as mudanças climáticas vão afetar o comportamento desse tipo de sistema são essenciais para o gerenciamento hídrico e de desastres no país.
Carolina Barnez
Oceanógrafa - 133 artigosBacharel e Mestra em oceanografia pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo e Doutora em meteorologia pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo. Carolina Barnez tem experiência com educação ambiental para crianças e jovens em diversos assuntos relacionados à biologia, sustentabilidade e ciências da Terra.
Especialista na interação oceano-atmosfera, principalmente no impacto dessa interação no clima da Terra, hoje é pesquisadora no Centro de Engenharia e Tecnologia Naval e Oceânica do Instituto Superior Técnico em Lisboa, Portugal. Trabalha principalmente com ciclones extratropicais, seus impactos nos oceanos, no sistema climático e os efeitos das mudanças climáticas nesses sistemas.
É uma grande entusiasta das ciências e tecnologias. Acredita que a divulgação científica é essencial para a valorização da ciência na sociedade é imprescindível para termos uma sociedade melhor informada e com liberdade de escolha e opinião.
Artigos de Carolina Barnez
Hoje celebramos o Dia Mundial dos Oceanos e o Dia do Oceanógrafo no Brasil! As atividades desse ano seguem o tema "Inovação para um Oceano sustentável", chamando a atenção para o investimento em novos projetos e tecnologias para uma relação mais sustentável com os recursos e ambientes marinhos.
Análises de risco em países atingidos por furacões e tempestades tropicais mostram que a vida de muitas pessoas e muito dinheiro são poupados por anos devido a proteção fornecida pelo manguezal. Essa é mais uma dos benefícios da concervação e restauração desse ecossistema, inclusive no Brasil.
Faltam 5 dias para o início oficial da temporada de furacões do Atlântico de 2020 e já temos dois sistemas nomeados. A tempestade tropical Bertha se desenvolveu rapidamente na costa da Carolina do Sul e já começou sua entrada no continente, trazendo ventos fortes e chuva intensa para a região.
Cientístas alertam para o aumento do risco de tsunami causado por deslizamentos no Alasca. A retração dos glaciais, forçada pelo aquecimento global, está deixando as encostas das montanhas mais susceptíveis e um desmoronamento poderia gerar uma onda gigante.
Arthur deve se formar como uma área de baixa pressão entre as Bahamas e a Flórida (EUA). Ainda há dúvidas se será uma tempestade tropical ou subtropical, mas há 100% de chances de desenvolvimento nas próximas 48h.
O módulo central de um foguete chinês Long March 5B caiu de forma não guiada na última Segunda-feira. Com quase 20 toneladas, é o objeto mais pesado a sair de órbita e cair na Terra desde 1991. O incidente desperta o alerta e nos lembra do problema do lixo espacial produzido pelo homem.
As mudanças climáticas põem em perigo a sobrevivência de várias cidades costeiras em todo o mundo. Estima-se que cerca de 300 cidades podem desaparecer em até 80 anos. Confira em 6 exemplos, as vulnerabilidades dessas cidades e o que está sendo feito a respeito.
Acaba de ser lançado o "Mapa Geológico Unificado da Lua", que apresenta o relevo e características da superfície lunar com um detalhamento incrível. Esse mapa é o resultado de trabalhos de décadas e pode ser usado em missões exploratórias, pesquisas, educação, e para matar a curiosidade de todos.
A abrupta interrupção da maioria das atividades humanas na quarentena causou uma queda nas emissões de gases estufa. Nesse cenário cientistas tem uma oportunidade única de entender melhor o efeito das atividades humanas e fatores naturais na qualidade do ar de grandes cidades.
O aumento no volume de chuvas na Grande São Paulo vem acompanhado pelo aumento de eventos que envolvem a ocorrência de um grande volume em poucas horas. Pesquisadores alertam para o impacto do aumento desses eventos extremos de chuva em desastres naturais urbanos, como os deslizamentos.
Um estudo recente mostrou que o novo coronavírus pode se associar à aerossóis e sobreviver por algumas horas no ar. Sua resistência se mostra superior ao outro coronavírus humano. O alerta também fica para partículas produzida dentro de casa que podem contribuir para a disseminação do vírus.
A passagem de um ciclone extratropical contribui para o avanço do mar ao longo do litoral Sul e Sudeste do Brasil. Esse evento de ressaca é gerado pela combinação da maré meteorológica e maré astronômica. O alerta da Marinha do Brasil está vigente até o sábado (11).
Aproveite a quarentena e aprecie a Superlua que enfeitará o céu nos próximos dias. Reunimos aqui algumas explicações e dicas para você aproveitar melhor a Superlua mais brilhante de 2020.
A camada de ozônio está se recuperando e, consequentemente, restabelecendo o padrão de circulação atmosférica. Pesquisadores mostram que a tendência de deslocamento da circulação em direção aos polos observada no século XX no Hemisfério Sul estão parando devido ao sucesso do Protocolo de Montreal.
Entre hoje e amanhã teremos a formação de um ciclone extratropical próximo ao litoral sul do país. Essa será a primeira tempestade da temporada outono-inverno no Atlântico Sul e trará chuvas, ventos fortes, agitação marítima e ocorrência de ressacas para às regiões Sul e Sudeste.
Com a redução dos voos devido à pandemia de COVID-19, os centros de previsão do tempo perdem uma fonte valiosa de dados assimilados nos modelos de previsão. As medições atmosféricas feitas por aviões estão entre as mais importantes e sua redução compromete a acurácia das previsões.
Estamos caminhando para um futuro onde os surtos de doenças, como epidemias e pandemias podem se tornar mais frequentes. Já foi mostrado que o vírus da COVID-19 não foi criado em laboratório. Mas então, como essas novas doenças surgem na natureza?
Confirmando as suposições, um artigo publicado nessa semana mostra evidências que o novo coronavírus se dissemina mais lentamente em altas temperatura e umidade. No entanto, existem outros fatores que influenciam a transmissão do vírus e devemos ficar alertas às recomendações dos órgão de saúde.
A forte chuva que atingiu a Baixada Santista entre segunda e terça-feira dessa semana causou falta de energia, deslizamentos de terra e inundações severas. Até o momento, são 25 mortes confirmadas e ao menos 29 pessoas desaparecidas. Entenda os fatores atmosféricos por trás desse desastre natural.