Prepare-se! Frio intenso na próxima semana: ar polar traz risco de geada abrangente e modelos mostram chance de neve

Uma massa de ar polar vai trazer o frio intenso de inverno para parte do centro-sul do Brasil na próxima semana. A tendência dos modelos mostra potencial de neve na Região Sul.

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Alerta para a chegada de uma massa de ar polar na próxima semana. Risco de geadas abrangentes e potencial para neve na Região Sul.

Após a atuação de dois ciclones extratropicais e de suas frente frias, que trazem potencial de chuvas intensas e de tempestades para a Região Sul e parte dos estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, uma massa de ar polar avança pelo centro-sul do Brasil na próxima semana.

A tendência dos modelos traz expectativa de um evento de frio intenso, que traz risco de geadas abrangentes sobre a Região Sul e menos intensas e mais pontuais no Sudeste e em parte do Mato Grosso do Sul. Além disso, até o momento, há potencial para a ocorrência de neve na serra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A seguir estão os detalhes e os mapas de previsão.

A incursão do ar polar acontece a partir do dia da terça-feira, 11 de julho

Na segunda-feira (10), a tendência aponta para o processo de formação do segundo ciclone extratropical. Assim, há risco de tempo severo no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, com chuvas intensas e tempestades ocorrendo já pela manhã no oeste e sudoeste paranaenses, no extremo oeste catarinense e na região das Missões no território gaúcho. No restante do dia, as instabilidades ganham força e se espalham para as demais regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

As baixíssimas temperaturas somadas com a possibilidade de chuva, podem resultar em precipitação invernal, com os modelos condicionando a ocorrência de neve na quinta-feira, 13 de julho.

Na terça-feira (11), o ciclone já está formado e atuando no oceano, no entanto, a sua frente fria associada fica estacionária sobre o estado do Rio Grande do Sul provocando chuvas intensas e tempestades. Há potencial para alagamentos e inundações na metade norte e leste do estado.

No período da noite, o ar polar já começa a ser transportado para o sul do Rio Grande do Sul e as temperaturas já podem ficar abaixo dos 10°C nas localidades de fronteira.

Na quarta-feira (12), a frente fria avança pela Região Sul e no período da noite chega à divisa com o estado de São Paulo, provocando chuvas intensas e tempestades ao longo do seu deslocamento pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. A tendência aponta para o elevado potencial de tempo severo.

Em virtude do avanço do sistema frontal, a intensa massa de ar polar passa a atuar em toda a Região Sul, chegando ao Mato Grosso do Sul, oeste e localidades paulista próximas da divisa com o Paraná no período da noite.

Na quinta-feira geadas podem ocorrer na região de serra da Região Sul. Já na sexta-feira, o risco de geada se espalha pelo Rio Grande do Sul, Serra, Planalto e Oeste de Santa Catarina e no sul do Paraná.

Na quinta-feira (13), a frente fria já se encontra mais enfraquecida entre os estados do Paraná e de São Paulo, mas o sistema ainda contribui para para chuvas de até moderada intensidade.

No leste de Santa Catarina e no nordeste do Rio Grande do Sul ainda há formação de nebulosidade que pode provocar precipitação. Assim, com o avanço da massa de ar polar, as temperaturas nas regiões da Serra Gaúcha e Catarinense ficam próximas dos 0°C por volta do fim da tarde. As baixíssimas temperaturas somadas com a possibilidade de chuva, podem resultar em precipitação invernal, com os modelos condicionando a ocorrência de neve.

Na sexta-feira (14), o ar polar atua sobre a Região Sul e consegue se espalhar até a porção Central do Brasil. Ao mesmo tempo, o sistema favorece os ventos de sul e de sudeste do oceano em direção ao litoral paulista e ao Rio de Janeiro. Assim, o tempo fica frio e chuvoso nessa porção do Sudeste.

No fim de semana o ar polar consegue baixa mais as temperaturas na porção central do Brasil e, principalmente, no Sudeste, trazendo condições favoráveis à formação de geada no sul de Minas Gerais, na região da Serra da Mantiqueira e nas localidades mais elevadas do Rio de Janeiro.

Vale ressaltar que se trata de uma tendência e a condição para ocorrência de neve ou demais precipitações invernais pode mudar bastante. O recomendado é acompanhar as previsões e os mapas dos modelos.