Chuvas continuam a ocorrer de forma intensa em parte do Nordeste

Mesmo a abrangência diminuindo, as chuvas continuam a levar potencial para transtornos no Nordeste, principalmente, devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical. Já no restante do país, tempo seco e bastante quente predominam.

Chuvas no Nordeste e estiagem no Sul
Apesar da diminuição da abrangência, as chuvas continua a levar potencial para transtornos no Nordeste. Já no Centro-Sul, tempo seco e quente.

Dois elementos meteorológicos vem contribuindo para chuvas intensas e persistentes nas regiões Norte e Nordeste: a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e o Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN). O primeiro contribui para chuvas na faixa norte, já o segundo no interior do Nordeste.

Nos últimos dias a configuração de um outra zona de convergência, a do Atlântico Sul (ZCAS), favoreceu ainda mais as chuvas em boa parte do Centro-Norte, com maiores volumes ocorrendo no norte de Minas Gerais, de Goiás, oeste da Bahia e no Tocantins. Com o afastamento de um ciclone para o oceano, que contribuía para a manutenção da ZCAS, as chuvas diminuem de abrangência, no entanto, ainda trazem potencial para transtornos.

Alertas e destaque para os próximos dias

Nesta quarta-feira (11) e quinta-feira (12), as condições são muito semelhantes. Devido à presença de um cavado em médios e baixos níveis combinados com o VCAN, o tempo se mantém instável na Bahia, norte de Minas Gerais, no Espírito Santo, no Tocantins, sul dos estados do Maranhão e do Piauí e na metade sul do Pará, com chuvas de moderada à forte intensidade de ocorrendo de forma mais isolada no MATOPIBA. Na parte da tarde, as instabilidades ganham força e se espalham levando potencial para transtornos no leste e sul da Bahia, norte de Minas Gerais e de Goiás e, novamente, no estado do Tocantins e no sul do Maranhão e do Piauí.

Na faixa norte do país à ZCIT deixa o dia chuvoso, com chuvas de moderada intensidade ocorrendo pela manhã e intensa a partir da tarde, levando potencial para alagamentos e inundações. As capitais Belém, São Luís e Fortaleza são as que recebem os maiores volumes. Alerta também para cidades e municípios nas proximidades.

Já no Centro-Sul, o tempo seco e quente predomina sem chance para chuvas, somente aumento da nebulosidade no restante do estado de Minas Gerais, leste do Paraná e do sul de São Paulo e no extremo sul do Rio Grande do Sul. Além do tempo seco, o maior destaque fica para a manutenção do calorão e para a sensação de abafamento.

Na sexta-feira (13), os ventos de leste ganham força e passa a chover ao longo do dia alternando com períodos de melhoria no leste do Nordeste, mas nada que leve potencial para transtornos. Chuvas mais intensas somente no Rio Grande do Norte. Na interior da Região, as chuvas se tornam mais isoladas e chove fraco e isoladamente pela manhã, com alertas de temporais isolados a partir da tarde no MATOPIBA, metade sul do Pará e norte dos estados de Minas Gerais e de Goiás. Já na faixa norte, sem trégua para as chuvas de moderada à forte intensidade ao longo do dia.

Quando muda o padrão?

No início da próxima semana o bloqueio atmosférico começa a enfraquecer e um sistema frontal consegue mudar o tempo no Rio Grande do Sul. No entanto, a chuva tão esperada ainda não ocorre com intensidade e abrangência, somente de forma pontual, com maiores volumes na metade sul do estado. Chuvas mais intensas devem ocorrer por volta do final da próxima semana.

Com o avanço de outro sistema frontal, as chuvas também retornam para o Brasil Central, mas devido às condições oceânicas a frente fria deve ancorar na altura no Espírito Santo e do sul da Bahia, trazendo um cenário semelhante ao observado no início deste mês.