Pandemias podem ter relação com as mínimas do ciclo solar

O ciclo solar se refere ao número de manchas solares presentes no sol. Quanto mais manchas, maior é a atividade solar e vice-versa. Desde o final da década de 70, cientistas notaram que períodos de baixa atividade solar estão relacionados com pandemias.

Ciclo solar e as pandemias
Estudos sugerem que a resposta para o surgimento de pandemias pode estar na atividade solar.

O ciclo solar, ou ciclo solar de Schwaber, é um fenômeno que ocorre em intervalos de 11 anos . Neste período, o sol aumenta ou diminui sua atividade que é mensurável através do número de manchas solares presentes da fotosfera solar. Este ciclo é conhecido na comunidade científica por ser responsável por mudanças relacionadas ao clima do planeta Terra. Porém, desde o final dos anos 70 pesquisadores apontam que a atividade solar pode estar relacionada com pandemias .

Três grandes mínimos de atividade solar registrados - o mínimo de Sporer (1450-1550AD), o mínimo de Maunder (1650-1700AD) e o mínimo de Dalton (1800-1830) - foram todos marcados por uma preponderância de pandemias como a varíola, sudor anglicus, Praga e cólera. Mas o que explica essa relação?

Atividade Solar x Pandemias

Os máximos no ciclo das manchas solares são caracterizados por altos números diários de manchas solares , erupções solares frequentes, descargas coronais e emissão de raios-X. Altos fluxos de raios X atingem a atmosfera superior da Terra, mas são quase totalmente absorvidos pela atmosfera inferior.

Uma importante propriedade de uma atividade solar máxima é que o campo magnético interplanetário próximo à Terra permaneça alto , sendo gerado e mantido pelo fluxo de elétrons do sol. Como tal, a Terra é efetivamente protegida da entrada de grãos de poeira carregados, bem como de prótons de raios cósmicos galácticos. É no mínimo das manchas solares que devemos procurar uma possível explicação do início das pandemias. Os mínimos das manchas solares são caracterizados por um enfraquecimento do campo magnético interplanetário próximo à Terra, o que permite a entrada de Raios Cósmicos (RC), bem como a entrada de bactérias e vírus na Terra.

Não, você não entendeu errado . Estudos alternativos como o de Wickramasinghe et al (2017) e Qu et al (2016) sugerem que vírus, bactérias e outros agentes patológicos são continuamente fornecidos à Terra a partir do cosmos externo , em particular a partir de cometas e que o baixo nível de atividade solar auxilia na entrada destas partículas na atmosfera terrestre.

Além dos novos vírus e bactérias que chegam a terra, estes estudos sugerem que quando os RC colidem com a atmosfera , eles produzem uma cascata de partículas secundárias, incluindo nêutrons e múons, que continuam a penetrar na atmosfera. A cascata continua até que a energia das partículas fique muito baixa e os RC sejam efetivamente parados. Isso acontece de 16 a 20 km. Fluxos significativos de nêutrons, no entanto, atingem o nível do solo e têm o potencial de causar mutações em vírus e células em geral .

Os estudos sofrem duras críticas da comunidade científica, porém Qu et al (2016) ressalta que “os críticos podem argumentar que é impossível para microorganismos, como bactérias e vírus, fazer a longa jornada (tanto no tempo quanto no espaço) dos cometas e outras fontes cósmicas para a Terra. No entanto, evidências convincentes foram recentemente obtidas por Wainwright e Omari, que mostram que entidades biológicas, que parecem não ter análogos da Terra, estão continuamente entrando na Terra a partir do espaço . Essas evidências obviamente vão contra a suposição a priori de que a panspermia é impossível e a vida é restrita à terra”.