Você sabe a causa da 1ª extinção em massa na Terra?

Desde que o mundo é mundo tentamos descobrir e comprovar cientificamente as causas que levaram a ocorrência da primeira extinção em massa na Terra. Será que agora temos novos fatos comprobatórios?

peixe extinto
Tiktaalik, peixe com patas extinto, a evolução dos animais de quatro patas.

Existe uma busca por respostas muito antiga em nossa existência, uma busca por meios científicos que corroborem com as idéias consideradas até um tanto fictícias. Afinal, desde que o mundo é mundo, tentamos desvendar de onde viemos, como viemos, e claro, a causa da primeira extinção em massa na Terra.

Convivemos em uma sociedade com várias “realidades paralelas”, são muitas crenças, mitos, indagações e meios de pesquisas diferentes. Cada um de fato acredita no que deseja, a maioria caminha junto com a ciência, onde pesquisas científicas nos dão a maior parte das respostas sobre nossa existência e até possível extinção futura.

O que a ciência diz ter descoberto sobre a causa da 1ª extinção em massa na Terra? É o que veremos agora.

Uma equipe composta por pesquisadores investigaram um súbito declínio na diversidade de fósseis que aconteceu há 550 milhões de anos e acreditam ter encontrado algumas pistas reveladoras sobre quando 80% da vida na Terra teria desaparecido, sendo a 1ª extinção em massa na Terra.

Extinção em massa há milhões de anos atrás

Cientistas levantaram motivos reveladores sobre a perda da maioria dos animais no final do período Ediacarano, há cerca de 550 milhões de anos atrás. Segundo a nova pesquisa, isso aconteceu devido à diminuição dos níveis de oxigênio em nosso planeta.

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Extinção da chuva de meteoros dos dinossauros.

A nova conclusão científica foi publicada no dia 07 de novembro na revista PNAS, e relata inclusive que no período Ediacarano tinha muita prosperidade de vida nos oceanos do planeta Terra, incluindo animais extintos que eram chamados Petalonamae que tinham um formato que lembra uma pena e também os chamados Kimberella que pareciam moluscos.

No entanto, mesmo com tanta prosperidade, 80% da vida desapareceu sem deixar nenhum vestígio, incluindo as causas disso ter acontecido, pelo menos até agora. Isso porque os cientistas já sabiam desse declínio assustador e repentino, mas ainda não tinham comprovações claras se isso teria ocorrido devido a um evento de extinção em massa.

Nova pesquisa

Uma equipe de cientistas liderada por Scott Evans analisou a literatura científica antiga para reunir dados de fósseis do período Ediacarano e conseguiram catalogar cerca de 70 gêneros de animais que viveram há 550 milhões de anos atrás, tendo em vista que apenas 14 deles existiam cerca de 10 milhões de anos depois da extinção em massa.

Em comunicado, Evans disse que a queda na abundância de fósseis revelou o primeiro evento de extinção em massa do nosso planeta, o que incluiu a perda de muitos tipos distintos de animais, e que principalmente aqueles cujos planos corporais e comportamentos indicam que dependiam bastante de quantidades significativas de oxigênio, foram os mais atingidos de forma particularmente severa.

No entanto, apesar da nova descoberta científica considerando a queda de oxigênio como causa principal na 1ª extinção em massa da vida na Terra, muitas discussões ainda existem, como por exemplo, o que teria causada essa queda brusca de oxigênio no planeta.

Segundo o cientista da Virginia Tech nos Estados Unidos, a tal queda fatal de oxigênio poderia ter sido por qualquer número ou até mesmo combinação de erupções vulcânicas, movimento de placas tectônicas, impacto de um asteróide, entre outros, porém, vale ressaltar que o que vemos até nos dias atuais é que os animais que acabam se extinguindo parecem estar respondendo a uma diminuição da disponibilidade de oxigênio em nosso planeta.

A seleção natural

Os pesquisadores ainda relataram que não haviam mudanças expressivas nas condições consideradas necessárias para a preservação dos fósseis e que não encontraram diferenças também na alimentação desses animais que pudessem sugerir uma competição entre eles no início do período Cambriano.

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No entanto, ressaltaram que havia algo em comum entre os animais que sobreviveram, onde seus planos corporais com alta área de superfície em comparação ao volume teria ajudado a lidar com o baixo oxigênio disponível.

O coautor do estudo Shuhai Xiao, disse ao site Live Science que examinaram o padrão de seletividade natural considerando espécies que foram extintas, que sobreviveram e o que floresceu também após a extinção em massa, e o que ficou concluído é que organismos que não conseguem lidar com baixos níveis de oxigênio foram removidos seletivamente.

As cinco extinções me massa

Xiao destacou ainda nesse estudo que existem cinco extinções em massa que ocorreram em nosso planeta e que são destacadas na história dos animais como as "Big Five".

São elas:

  • Extinção Ordoviciano-Siluriana (440 milhões de anos atrás);
  • Devoniana Tardia (370 milhões de anos atrás);
  • Permiano-Triássico (250 milhões de anos atrás);
  • Triássico-Jurássico (200 milhões de anos atrás);
  • Cretáceo-Paleogeno (65 milhões de anos atrás).

Para finalizar, Evans disse que este evento de extinção em massa do período Ediacarano abriu caminho para os animais mais modernos, pois os antigos eram muito estranhos com sua maioria não parecendo em nada com o que conhecemos.