Tufão Mawar: a tempestade mais forte de 2023 agora segue para as Filipinas e Taiwan

O Tufão Mawar atingiu Guam, na última quarta, causando grandes estragos. Após passar pela ilha, a tempestade se intensificou para categoria 5, sendo considerada a mais intensa dos últimos 2 anos, e agora segue rumo ao leste asiático.

Tufão Mawar
Imagem de satélite do Tufão Mawar na madrugada deste sábado (27). Imagem: Zoom Earth.

Após atingir a pequena ilha de Guam na última quarta-feira (24), com rajadas de ventos de mais de 160 km/h, o tufão Mawar continuou sua trajetória para noroeste no Oceano Pacífico enquanto ganhava ainda mais força, chegando a força equivalente a um furacão de categoria 5.

O supertufão Mawar é considerado o ciclone tropical mais intenso de 2023 e o mais poderoso dos últimos 2 anos. Estando na lista das tempestades mais intensas ocorridas globalmente desde 2000!

Mawar atingiu Guam com a intensidade de um furacão de categoria 4, provocando ventos fortes e chuvas torrenciais. O tufão deixou muitos danos e por enquanto não houve relatos de feridos graves, porém dois homens, que estavam em alto mar, foram declarados como desaparecidos. Grande parte da ilha ficou sem abastecimento de água e energia, após a queda de muitas árvores e postes de luz.

As chuvas foram tão ruins ou até piores do que era previsto pelos modelos, já que a tempestade atravessou o continente de forma muito lenta, provocando horas de chuvas torrenciais que se acumularam e provocaram inundações pela ilha. O aeroporto internacional de Guam registrou cerca de 312 mm de chuva entre os dias 23 e 24 de maio, enquanto que outras partes da ilha acumularam impressionantes 600 mm de chuva!

Como Guam é um território dos Estados Unidos, possuindo diversas instalações militares, no dia 22 de maio, antes mesmo de ser afetada pelo Tufão, o presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, declarou Guam como uma área de grande desastre e ordenou ajuda federal à ilha. De acordo com um comunicado da Casa Branca, divulgado na quinta-feira, essa ajuda visa complementar os esforços de recuperação das áreas afetadas por Mawar.

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Antes de atingir Guam, ao longo de sua trajetória no oceano, Mawar se intensificou rapidamente, saltando da categoria 1 para 4 em apenas 2 dias. De acordo com os cientistas, esses casos de rápida intensificação se tornaram mais frequentes nas últimas décadas devido ao aumento das temperaturas do oceano, impulsionadas pelas mudanças climáticas.

Após sua passagem por Guam, Mawar se intensificou chegando à categoria 5! Desde 1950, Mawar é o nono tufão a atingir o equivalente à categoria 5 durante o mês de maio. O Centro de Alertas de Tufões dos EUA registrou na quinta-feira que os ventos máximos sustentados da parede do olho de Mawar chegaram a 297 km/h, com rajadas de 346 km/h. De acordo com os registros do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, apenas um outro tufão chegou a ser tão forte assim durante um mês de maio, o tufão Phyllis em 1958.

Tufão Mawar se aproxima das Filipinas e Taiwan

Nesta sexta (26), o super tufão Mawar entrou na área de responsabilidade das Filipinas e passou a ser conhecido localmente como Betty. Este é o terceiro ciclone tropical mais forte que passa na região das Filipinas no mês de maio desde 1961 - empatado com o ciclone “Chedeng” (“Songda”) de 2011.

De acordo com a agência meteorológica filipina, na manhã de hoje (27), o centro de Mawar estava a cerca de 1100 quilômetros a leste da ilha de Luzon e deverá permanecer a norte das Filipinas. Apesar da tempestade não atingir diretamente o país, são esperadas chuvas volumosas, ventos fortes e inundações ao norte de Luzon, já neste domingo (28). Por esse motivo, autoridades do país já ordenaram a retirada da população das áreas de risco e o cancelamento de voos.

No início da próxima semana, Mawar começará a perder força e continuará sua trajetória para norte e nordeste, podendo impactar outros países do leste da Ásia, como Taiwan e Japão. Apesar de ainda haver incertezas a respeito das previsões de sua trajetória e intensidade, espera-se que os impactos nesses países não sejam tão intensos, o maior perigo estará em alto mar.