Que tipo de mobilidade queremos no futuro?

A preocupação com a sustentabilidade dos meios de transporte já é um assunto muito difundido na mídia, e que recentemente teve uma nova importância devido ao contexto de incertezas no mundo. Saiba mais aqui!

Carro do futuro.
Abastecimento de um carro a hidrogênio, provavelmente uma parte do futuro sustentável que pretendemos deixar para as próximas gerações.

O futuro da mobilidade tende a ser sustentável. É uma frase 'clichê', mas que é repetida frequentemente pelos especialistas em meios de transporte. Do ponto de vista do transporte individual, já existem alguns fabricantes de automóveis que planejam em curto ou médio prazo acabar com os motores de combustão interna. A própria legislação da União Europeia, por exemplo, está se enquadrando nesta “nova realidade”, para ser menos poluente.

Dessa forma, há cerca de três semanas atrás, a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e os 27 Estados-membros chegaram a um acordo para que em 2035 os fabricantes de automóveis deixem de produzir e comercializar carros com motores de combustão interna. Até mesmo os carros híbridos ou os híbridos plug-in terão os dias contados.

(...) a aposta em motores de combustão interna bem mais eficientes pode ser o ponto de vista intermediário nesta questão.

As instituições europeias pretendem reduzir significativamente as emissões de carbono para a atmosfera. As metas estabelecidas são extremamente ambiciosas: pretende chegar a uma redução de 55% das emissões de CO2 dos automóveis novos em 2030, em relação às emissões registradas em 2021. Este acordo na União Europeia pretendeu demonstrar um compromisso internacional com o clima, um fato importante dias antes da realização da COP27.

A crescente eletrificação do setor automobilístico poderá ter impactos positivos no meio ambiente a curto prazo, contudo, também pode significar um grande perigo, com mais de 600 mil trabalhadores em risco de perder o emprego, com o fim anunciado do diesel e da gasolina.

E se o futuro precisar de tecnologia do passado?

Diante do fim dos automóveis de motores de combustão interna, o comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton (ex-ministro da Economia da França), pede cautela afirmando que em 2026 deviam ser ponderados os efeitos de tal medida, abrindo a possibilidade de redefinir novas metas quanto à descarbonização do setor automobilístico.

Além da aposta em motores que utilizam combustíveis que não emitem carbono, como o hidrogênio, a aposta em motores de combustão interna bem mais eficientes pode ser o ponto de vista intermediário nessa questão. Por exemplo, o sistema Turbocharged Stratified Injection (TSI) dos motores a gasolina é um sistema que injeta o combustível diretamente nos cilindros do motor, reduzindo o consumo e as emissões em 15%.

Por incrível que pareça, os próprios carros movidos a hidrogênio, que chegaram recentemente ao mercado, utilizam tecnologia associada ao carro elétrico. Tal tecnologia é uma forma de mobilidade que está em crescimento, mas que não representa o futuro, segundo os especialistas.

Assim, no futuro, vamos poder contar com uma maior fatia do mercado associada a carros movidos a hidrogênio, que têm inúmeras vantagens em relação aos carros puramente elétricos.