Olho de fogo no oceano: Labaredas de fogo no Golfo do México

O fogo no mar aconteceu na superfície do oceano no Golfo do México, a oeste da península mexicana de Yucatán, devido ao vazamento em oleodutos submarinos da companhia estatal mexicana de petróleo, na última sexta-feira (02/07).

fogo no mar
Um incêndio na superfície do oceano na península mexicana de Yucatán foi provocado por um vazamento de gás de um gasoduto subaquático.

Um incêndio na superfície do oceano a Oeste da península mexicana de Yucatán na manhã desta sexta-feira, dia 2, foi enfim extinto, anunciou a estatal Pemex. O incidente teria sido causado por um vazamento de gás de um oleoduto subaquático. Segundo a empresa, o incêndio foi contido em cerca de cinco horas, mas registros do fogo publicados pelo jornalista Manuel Lopez San Martin no Twitter, que viralizaram, mostram que levou mais de oito horas. O comunicado da Pemex informando sobre o controle das chamas foi emitido apenas no início da noite.

As imagens do ocorrido impressionaram internautas e geraram críticas pela forma como a Petróleos Mexicanos lidou com o fato, incluindo sua declaração tardia.

Para controlar o fogo, foram necessárias mais de cinco horas e cinco navios para bombear mais água, segundo a Petróleos Mexicanos (Pemex). A estatal informou que o incêndio já foi extinto com nitrogênio e ninguém se feriu, de acordo com o relatório da empresa.

Vídeos mostram chamas laranjas brilhantes saltando da água parecendo lava derretida, que foram apelidadas de "olho de fogo" nas redes sociais devido ao formato circular do incêndio. Uma das publicações já recebeu mais 5,2 milhões de visualizações.

A Pemex relatou um vazamento às 5h15 desta sexta no oleoduto submarino próximo à plataforma do complexo Ku-C de Ku-Maloob-Zaap (KMZ), no estreito de Campeche. A estatal passou então a “fechar as válvulas de interligação do gasoduto, apagando o fogo e a emanação de gás” para controlar o vazamento até as 10h45, mais de cinco horas depois. Em nota, Gustavo Ampugnani , do Greenpeace do México, disse: “Esses são os riscos que enfrentamos no dia a dia e que exigem uma mudança no modelo energético, como temos exigido”.

A Pemex disse que não houve registro de feridos e que a produção do projeto não foi afetada depois que o vazamento de gás começou por volta das 5h15, horário local. A KMZ representa mais de 40% dos 1,68 milhão de barris de produção diária (bpd) de petróleo da Pemex. O complexo produzia 726 mil bpd de óleo no momento do incidente, segundo relatório interno da empresa, divulgado por uma fonte. A Pemex garantiu que fará uma análise para encontrar as causas do incidente.

Ambientalistas citaram o episódio do incêndio no mar como um exemplo dos riscos da extração petrolífera para o ambiente, seja por vazamentos ou as mudanças climáticas, e defenderam uma mudança no modelo energético em prol de fontes de energia limpas e renováveis.