O aumento da cobertura de gelo marinho da Antártica
Embora a tendência no Pólo Norte continue sendo de uma diminuição na extensão e no volume do gelo marinho, no Pólo Sul a quantidade tem aumentado na Antártica.

O relatório mais recente do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo (NSIDC) foi intitulado como “uma mudança de ritmo” fazendo referência à velocidade do degelo no Ártico. Como sabemos, ano após ano a extensão e o volume de gelo que se forma nos invernos nos pólos norte e sul diminuem em maior ou menor grau, sendo no Ártico onde esta diminuição tem sido observada de forma mais notável com o passar dos anos, o oposto do que está ocorrendo na Antártica, onde até aumentou recentemente.
Naturalmente, nosso planeta tem ciclos, mas é claro que eles foram modificados por vários fatores influenciados por nós, humanos. Esses ciclos permitem que o aquecimento aumente e, eventualmente, ocorram anos sem mudanças ou com uma ligeira diminuição em escala global, sendo nestes quando o gelo, a neve e o frio podem ganhar espaço, assim como temos vivenciado nos anos recentes, devido também ao fenômeno climático conhecido como La Niña.
️Así se ha comportado la época de deshielo del Océano Ártico desde marzo hasta la primera semana de agosto.
— ️Meteorología México️ (@InfoMeteoro) August 11, 2021
Por ahora, NO se prevé récord en la extensión mínima este verano gracias al dominio de nubosidad, frío y eventuales nevadas.
Hielo, nieve y frío seguirán existiendo pic.twitter.com/gHgwVyMzvw
Aumento do gelo no Ártico
Durante julho, o degelo no Oceano Ártico foi reduzido graças aos sistemas de baixa pressão dominantes, gerando extensa cobertura de nuvens, temperaturas em torno de 0°C e eventuais nevascas, que diminuem a probabilidade de que neste 2021 tenha um recorde de cobertura mínima de gelo. A extensão média em julho foi de 7,69 milhões de km2 , o que equivale a 1,78 milhões de km2 abaixo do valor médio para 1981-2010, ocupando o 4° lugar nos registros de satélites.
No final de março e até meados de setembro, é o período natural de degelo, que veio com valores recordes mínimos, porém, ele cessou em julho e desde o início de agosto, o gelo quase não derreteu. Até 10 de agosto de 2021, a cobertura era maior do que em 2007, 2011, 2012 e do que entre 2015 e 2020, ou seja, hoje existe mais gelo do que naqueles anos, ocupando 6,114 milhões de km2, sem dúvida uma boa notícia entre tantas outras de calor, incêndios e secas. Faltam aproximadamente 5 semanas até que o mar comece a congelar.
️En las últimas semanas, el hielo marino de los polos se han incrementado alcanzando cobertura mayor que en la última década.
— ️Meteorología México️ (@InfoMeteoro) August 11, 2021
-Ártico: este 2021 hay más hielo que en 2007, 2011, 2012 y 2015 a 2020
-Antártida: 8° lugar en extensión
Frío, la nieve y hielo seguirán existiendo pic.twitter.com/xiAJitEDUm
Como Groenlândia e Antártica se comportaram?
O inverno de 2021 esteve quase dentro dos valores normais em relação à quantidade de massa de gelo/neve sobre a Groenlândia, com perdas compensadas por ganhos. Destaca-se o dia 26 de maio, quando foi apresentado um recorde devido a uma grande tempestade de neve em setores do sul e sudeste, somando mais de 12 gigatoneladas em um início de temporada de degelo.
Monitoring July SIE-Sea Ice Extent.
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Date 8.7.2021
15.90MKm²
We will see yet another (monthly) 5 year high for July. pic.twitter.com/GfSFcUqev0