Jane Goodall, a icônica etologista e ativista da vida selvagem, morre aos 91 anos
O mundo científico está de luto pelo falecimento da especialista e revolucionária Jane Goodall, primatologista, antropóloga e ativista, que mostrou que podemos coexistir em paz e harmonia com as outras espécies.

A Dra. Jane Goodall foi uma cientista que estudou e pesquisou o comportamento dos chimpanzés, integrando sua humanidade para compreender e defender sua existência nos ecossistemas. Esta foi uma de suas maiores conquistas, fazendo uma diferença revolucionária na antropologia e na zoologia.
Na quarta-feira, 1º de outubro, o Instituto Jane Goodall confirmou a morte da fundadora da organização. Em seu site, eles declararam: "Foi uma morte tranquila, enquanto dormia, aos 91 anos, enquanto ela estava em viagem pelos Estados Unidos".
A vida e a obra da Dra. Goodall não apenas deixam uma marca indelével em nossa compreensão dos chimpanzés e de outras espécies, mas também na humanidade e nos ambientes que todos compartilhamos. Ela inspirou compaixão, esperança e curiosidade em inúmeras pessoas ao redor do mundo. Ela foi uma defensora incansável da proteção e restauração do nosso meio ambiente natural.
Ela também abriu caminho para muitos outros, especialmente jovens, que lhe deram esperança para o futuro. Ela também foi uma celebridade feminina, quebrando estereótipos masculinos no campo da ciência da vida selvagem.
Um legado notável
Em 1960, a Dra. Goodall estabeleceu o mais antigo projeto de pesquisa sobre chimpanzés no Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia, que perdura até hoje. Ela foi pioneira e sustentou iniciativas de conservação focadas no cuidado de espécies como os primatas hominídeos por mais de quatro décadas.
Sua tese de doutorado, intitulada "The Behaviour of Free-living Chimpanzees in the Gombe Stream Reserve", foi concluída em 1965. Seu estudo de três meses se transformou em um programa de pesquisa extraordinário que continua até hoje.

Ao longo de sua vida, Goodall escreveu mais de 27 livros para adultos e crianças e estrelou diversos documentários e filmes. Em 2019, a National Geographic inaugurou Becoming Jane, uma exposição itinerante focada em sua obra. Sua publicação mais recente, o livro The Book of Hope: A Survival Guide for Trying Times, foi traduzido para mais de 20 idiomas.
Também está incluída em seu legado a criação do programa global humanitário e ambiental para jovens de todas as idades, o JGI Roots & Shoots, que está ativamente impulsionando mudanças em 75 países e aumentando em todo o mundo.
Mensageira da paz das Nações Unidas (ONU)
Em 2002, foi nomeada Mensageira da Paz das Nações Unidas (ONU). Ampliou seu foco e se tornou uma defensora global dos direitos humanos, do bem-estar animal, da proteção das espécies e do meio ambiente, além de muitas outras questões cruciais.
Prêmios e reconhecimentos
Ela foi nomeada Dama Comandante da Ordem do Império Britânico (DBE) no Palácio de Buckingham. Também recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos, a Legião de Honra Francesa, a Medalha Benjamin Franklin em Ciências Biológicas, o prestigioso Prêmio Kyoto do Japão, o Prêmio Gandhi-King para a Não Violência, a Medalha da Tanzânia e o Prêmio Tyler por Conquistas Ambientais.
Além disso, foi reconhecida por vários governos, instituições educacionais e instituições de caridade ao redor do mundo.

Sem dúvida, devo dizer que ela foi um modelo a seguir.
Ela moldou a minha vida e, graças a mulheres como ela, sou atualmente uma defensora ferrenha dos nossos ecossistemas e da atmosfera, apaixonada pela divulgação científica e uma defensora do bem-estar da humanidade e do seu meio ambiente.