Incêndio no centro de Portugal já dura 48 horas
O maior incêndio do ano em Portugal já dura 2 dias e afeta principalmente o distrito de Castelo Branco, no centro do país. Casas foram destruídas pelo fogo e somam-se 30 feridos, estando um em estado grave. O tempo quente e seco contribuem para a estação de queimadas que assolam anualmente o país.

Portugal vive o maior incêndio do ano, que já dura 2 dias. O fogo começou na tarde de sábado (21) em Castelo Branco e se espalhou para o distrito vizinho, Santarém. O vento forte atrapalha o trabalho dos bombeiros na contenção da chamas. Todos os anos, o tempo quente e seco contribuem para a propagação de focos de incêndio durante o verão e outono.
O incêndio começou no início da tarde de sábado (21), no distrito de Castelo Branco, e se propagou ao distrito de Santarém. As províncias mais afetadas foram Vila de Rei, Sertã (Castelo Branco), e Mação (Santarém). Segundo o ministro da Administração Interna de Portugal, até ontem, 30 pessoas precisaram de atendimento médico, mas apenas 9 precisaram de assistência hospitalar. Um civil está em estado grave internado na unidade de queimados do Hospital de São José (Lisboa) e os outros estão em recuperação devido a inalação de fumaça.
#IFVilaDeRei #Portugal wildfire
— Copernicus EMS (@CopernicusEMS) July 22, 2019
Higher scale delineation maps have been delivered yesterday evening
They show how close the blaze has come to populated areas
New acquisition of Very High Resolution imagery planned today at 12:46 local time to monitor the evolution pic.twitter.com/NH1qD3NMNl
A extensão da fumaça produzida foi tamanha que afetou a região da Extremadura, na Espanha, que faz fronteira leste com Portugal. Transportada pelo vento, a fumaça foi acompanhada por cinzas e cheiro de queimado, afetando principalmente as cidades de Badajoz, Cáceres e Mérida.
Os incêndios florestais
Todos os anos Portugal sofre com os incêndios florestais na época de verão e outono. Em outubro de 2017, mais que 50 pessoas morreram durantes os incêndios florestais. Naquele ano, 87% da Península Ibérica estava sob condições de seca severas e as temperaturas bateram 30ºC. As altas temperaturas, ar seco e ventos fortes fazem focos de incêndio se alastrarem facilmente.
A União Europeia (UE) já se dispôs a ampliar a ajuda ao país, se solicitada. Agora, a prioridade do governo português é evitar perdas humanas. "Haverá tempo para depois fazer balanços e comparações e retirar lições. Mas agora há uma prioridade muito clara que deve mobilizar todos", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de Portugal.
#Portekiz'in Castelo Branco kenti çevresinde çıkan orman yangınını söndürme çalışmalarına binden fazla kişi katılıyor.
— EHA MEDYA (@eha_medya) July 21, 2019
Yangının yüzde 60'ının kontrol altına alındığı ve 7'si itfaiye görevlisi 8 kişinin yaralandığı bildirildi.#CasteloBranco pic.twitter.com/tE9FXFa5zc
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) havia colocado os distritos da região central de Portugal sob aviso amarelo de "tempo quente" na sexta-feira (19). Agora o aviso foi estendido até terça-feira, quando é previsto a "persistência de valores elevados de temperatura máxima". Isso pode prejudicar o controle do fogo em Castelo Branco, onde mais de mil bombeiros ainda trabalham para conter as chamas.
Investigação
A polícia encontrou evidências e aparatos pirotécnicos que indicam que este incêndio teve natureza criminosa. Os focos do fogo, em algumas localidades, foram em pontos e horários estratégicos para "aumentar prejuízos patrimoniais e até pessoais", declarou a polícia judiciária. As investigações continuam, mas tudo indica que os autores do incêndio levaram encontra, inclusive, as condições meteorológicas propícias para o alastramento do fogo.
É possível monitorar em tempo real os incêndios em Portugal através do portal da Emergência e Proteção Civil (ProCiv). Atualmente há 162 focos de incêndios ocorrendo no país, distribuídos de norte a sul.