Temporada de queimadas no Brasil

O período de inverno é dado também como período de queimadas em grande parte do Brasil, devido ao tempo seco. Essas queimadas além de causar danos irreversíveis à vegetação, causam grandes transtornos à população e ao clima local.

O tempo seco é sinônimo de queimadas na maior parte do Brasil.

Com o início do inverno dá-se início também ao período de queimadas no Brasil. O tempo seco, que predomina em grande parte do país, cria as condições ideais para a formação de focos de incêndio e a dispersão do fogo, principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.

Todo o inverno e início de primavera é caracterizado por um clima predominantemente seco no Brasil Central, com poucas chuvas, temperaturas quentes e valores de umidade relativa baixos, muitas vezes abaixo de 30%. Essas condições deixam a vegetação vulnerável e suscetível a queimadas, que se originam por causas naturais ou humanas e, com a ajuda dos ventos, podem se alastrar por quilômetros de distância. A fumaça dessas queimadas é transportada por longas distâncias através dos ventos de mais altos níveis da atmosfera, podendo ser detectada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Normalmente o início da temporada de queimadas se dá nos meses de junho e julho e atinge seu ápice nos meses de agosto e setembro, porém, nesse ano as queimadas começaram mais cedo. No mês de maio já haviam sido registrados diversos focos de incêndio, devido ao grande período de estiagem que grande parte do país vem enfrentando desde o início do ano. De acordo com o monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), já foram contabilizados 17.612 focos de incêndio no Brasil até o momento, 15% a mais que o registrado no mesmo período do ano passado.

Atualmente as maiores áreas de risco estão nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste do Brasil (áreas alaranjadas). Fonte: INPE.

O estado que lidera o ranking de queimadas nesse ano é o Mato Grosso, com 4.362 focos contados até agora, em segundo Roraima, com 1.929 focos e em terceiro o Tocantins, com 1.847 focos. Dos biomas afetados, a floresta amazônica e o cerrado são os mais atingidos por queimadas até agora, juntos eles somam 78% dos focos de incêndio de todo o país. Isso provavelmente está associado as práticas de desmatamento e limpeza de terrenos para atividade agropecuária.

As consequências e prejuízos associados as queimadas são diversos, entre eles tem-se a morte da vegetação e da fauna local, a redução da visibilidade, a diminuição da produtividade do solo, a erosão do solo e prejuízos à saúde humana da população próxima. Além disso, outro efeito associado as queimadas é a redução das chuvas locais. Isso ocorre, pois, as partículas presentes na fumaça funcionam como núcleos de condensação de nuvens, onde o vapor de água se condensa para formar as gotas de água. Quanto mais núcleos de condensação temos na atmosfera, maior é a competição por água entre eles, isso faz com que nenhum consiga juntar água o suficiente para crescer e cair em forma de chuva.

Como prevenir as queimadas

Para evitar o aumento de ocorrências de queimadas nesse período de estiagem algumas atitudes simples podem ser tomadas por toda população, como:

- Não jogue bitucas de cigarros nas estradas;

- Não queime lixo;

- Não jogue lixo em terrenos baldios, principalmente latas de metal e vidro;

- Não solte balões;

- Quando identificar um foco de incêndio, denuncie e relate ao corpo de bombeiros.