Forte terremoto de magnitude 7.8 atinge o Alasca

Na noite de terça-feira (21), hora local, cidades do sul e da península do Alasca foram atingidas por um terremoto de magnitude 7.8. O forte abalo sísmico ocorrido no Oceano Pacífico fez com que um alerta de tsunami fosse emitido na região.

Terremoto Alasca
Um forte terremoto de 7.8 de magnitude ocorreu bem ao sul da Península do Alasca nessa quarta-feira (horário de Brasília). Imagem: USGS.

Na noite de terça-feira (21), hora local, o sul do Alasca foi atingido por um forte terremoto de magnitude 7.8, na escala Richter, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês).

O terremoto ocorreu no Oceano Pacífico a uma profundidade de 28 km por volta das 22h12, hora local (3h12, de quarta-feira, no horário de Brasília), a cerca de 100 km a sudeste de Perryville, cidade pouco povoada localizada na Península do Alasca, região mais afetada pelo tremor, e cerca de 800 km de Anchorge, maior cidade do Alasca . Logo após o tremor, moradores das pequenas cidades da península ficaram assustados ao serem alertados da possível ocorrência de tsunami!

Um alerta de tsunami foi emitido pelo Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico (PTWC, sigla em inglês) para uma área de 300 km ao redor do epicentro. Sirenes soaram em diversas cidades e vários moradores correram para terrenos mais altos e para o interior do continente. Porém, o alerta foi cancelado duas horas depois, após serem registradas apenas pequenas ondas na costa. De qualquer forma, o susto foi grande para os moradores da região.

O terremoto foi sentido em várias cidades da península. Moradores de pequenas cidades a menos de 160 km do terremoto relataram tremores muito fortes e alguns tremores foram sentidos inclusive em áreas próximas a Anchorage e Mat-su, a cerca de 800 km de distância!

Mais de uma dúzia de tremores secundários de magnitudes que variaram entre 2.8 a 6.1 foram relatados após o terremoto. Inclusive outras regiões dos Estados Unidos e Canadá registraram tremores de terra após a ocorrência desse terremoto.

De acordo com o Centro de Terremoto do Alasca, o terremoto ocorreu devido a uma ruptura entre as placas do Pacífico e da América do Norte. À medida que a placa tectônica do Pacífico se arrasta para norte alguns centímetros por ano, ela é ligeiramente forçada sob a placa norte-americana. Essas placas normalmente se prendem e rompem ocasionalmente em grandes terremotos como esse. Quando um terremoto acontece, ele rompe um pedaço dessa falha que pode ter dezenas a centenas de quilômetros de comprimento. As primeiras evidências indicam que esse terremoto tenha rompido um trecho de mais de 160 km.

Esse terremoto foi mais poderoso que o terremoto de magnitude 7.1 que causou muitos danos na área de Anchorage em novembro de 2018. O terremoto dessa terça liberou 15 vezes mais energia que o ocorrido em 2018. Felizmente, nenhum prejuízo ou estragos associados ao terremoto foram registrados até o momento.

O Alasca é o estado norte-americano que registra mais atividade sísmica, desde 1° de janeiro mais de 25 mil terremotos foram registrados. Em 27 de março de 1964, um terremoto de magnitude 9.2, o mais violento já registrado, castigou a região de Anchorage, causando cerca de 139 mortes decorrentes dos efeitos do tremor e tsunamis.

O evento conhecido como o Grande Terremoto do Alasca, durou 4 minutos e 38 segundos e foi o terremoto mais forte registrado na história da América do Norte e o segundo mais forte do mundo, perdendo somente para o Grande Terremoto de Valdivia de 1960 no Chile, de 9.5 de magnitude.