Alerta máximo: furacão Franklin ganha força e atinge as Bermudas

O Furacão Franklin ganha força e transforma-se no primeiro grande furacão no Atlântico, atingindo as Bermudas com ventos devastadores e grande agitação oceânica. Saiba mais aqui!

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Alerta máximo para uma temporada de grandes furacões, quando Bermudas e a costa leste dos Estados Unidos estão a ser afetados pelo Franklin.

O Furacão Franklin está em crescimento, tornando-se já o primeiro grande furacão da temporada no Atlântico. O National Hurricane Center (NHC) alerta que o furacão está a aproximar-se das Bermudas e originará ventos devastadores e grande agitação oceânica. Enquanto isso, os especialistas também estão a monitorizar outra perturbação tropical que poderá desenvolver-se na costa oeste de África.

De fato, a temporada de furacões deste ano promete desafios, com temperaturas recordes da superfície do mar, que desafiarão os efeitos moderadores do El Niño.

Franklin atinge a categoria de grande furacão

O furacão Franklin está a ganhar força rapidamente, avançando em direção às Bermudas.

O National Hurricane Center (NHC), nos Estados Unidos (EUA), adverte que Franklin se tornou no início da segunda-feira (28) em um grande furacão, com grande intensidade de vento, mas que os valores poderão atingir os 210 km/h a meio da semana.

Os meteorologistas preveem um fortalecimento adicional, tendo já Franklin assumido a posição de grande furacão durante a manhã do dia de ontem (28).

Acresce que a tempestade já está provocando grande ondulação, tendo começado a atingir as Bermudas, e espera-se que as ondas possam redirecionar-se também à costa leste dos EUA entre o dia de amanhã e quarta-feira (30), apresentando riscos adicionais nas áreas costeiras.

De fato, isto significa que, embora Franklin se afaste da costa leste, esta não se encontra ausente de riscos, designadamente pelo impacte gerado pelas ondas nas suas praias. Alguns cuidados adicionais devem ser tomados, atendendo aos perigos que estas condições podem acarretar para os banhistas e tripulações que navegam ao largo da costa.

Outra perturbação em vista na costa oeste africana

Além do Furacão Franklin, os olhos estão voltados para outra perturbação tropical que se está a formar na costa oeste de África. Os meteorologistas estão monitorando a possibilidade de se formar uma depressão tropical nos próximos sete dias.

Projeção para o Furacão Franklin ao início desta segunda-feira (a azul) e a possibilidade de formação de depressão tropical na costa oeste africana (a cor-de-laranja).

Neste momento, estima-se em 40% a possibilidade de ocorrer esta perturbação. Embora ainda seja cedo para prever o curso exato, a possibilidade de um novo sistema se desenvolver mantém em atenção as autoridades e as populações costeiras, que devem antecipar as medidas para evitar danos maiores.

Principais desafios e previsões: Como será afinal a temporada de furacões?

A temporada de furacões deste ano é uma prova de como os padrões climáticos podem surpreender. Embora as temperaturas da superfície do mar tenham permanecido mais elevadas por mais tempo do que o previsto, os efeitos decorrentes do El Niño surgiram de maneira mais lenta do que o habitual. Como resultado, as previsões iniciais foram ajustadas, e o NHC prevê agora a possibilidade de ocorrem até cinco grandes furacões até ao final do ano.

Também os meteorologistas de Colorado State University preveem uma época de furacões mais ativa, decorrente deste aumento contínuo das temperaturas de superfície do oceano. Entre junho e novembro, período associado à época de furacões, poderão ocorrer até 18 tempestades tropicais, das quais nove podem chegar à categoria de furacões. Dentre essas, até cinco poderão dar, então, origem a grandes furacões, trazendo consigo riscos substanciais.

A aproximação do Furacão Franklin às Bermudas e os indícios de uma temporada de furacões de grande magnitude colocam as comunidades costeiras em alerta máximo. As ameaças representadas por estes furacões e tempestades tropicais destacam a importância da preparação e da cooperação entre as agências meteorológicas, as instituições governamentais e a população, em um exercício contínuo de vigilância e monitoramento.