Semana com formação de outro ciclone extratropical sobre o Sul

No início desta semana se inicia o processo de formação de um ciclone extratropical sobre a Região Sul. Há potencial para a ocorrência de temporais. Mas será que o episódio da semana passada pode se repetir? Te contamos aqui.

ciclone extratropical
Ciclone extratropical se forma sobre a Região Sul levando potencial para chuvas volumosas. No entanto, não há potencial destrutivo com o anterior

Ciclones extratropicais são muito comuns no Centro-Sul do país, principalmente durante os meses de inverno. Quando uma frente fria se forma ou avança pela Região Sul, há sempre um ciclone extratropical associado. Portanto, não se trata de nada excepcional.

Além disso, o último sistema, que foi caracterizado de bomba por ter uma redução muito abrupta de pressão da sua borda até o centro, foi o responsável pelo ventos mais intensos no leste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, e não pelos intensos temporais que ocorreram no interior e até mesmo no leste e norte catarinenses.

Esta última situação foi provocada pelo avanço rápido da frente fria associada, contribuindo para a formação de uma extensa linha de instabilidade, que acabou provocando as fortes rajadas de vento. Também é importante ressaltar, que na semana passada havia um intenso contraste térmico devido à incursão de uma forte massa de ar polar.

Para os próximos dias, há a formação de um ciclone extratropical sobre a Região Sul, que trará potencial para chuvas volumosas e intensas rajadas de ventos, porém, com à baixa probabilidade de que uma linha de instabilidade tão extensa e intensa se forme. A seguir estão os detalhes da previsão.

Alertas e destaque da previsão

Uma região de cavado passou a atuar sobre os Sul do país neste último domingo (05), contribuindo para chuvas de fraca a moderada intensidade na metade norte do Rio Grande do Sul, com maiores acumulados entre 30 e 45 mm na região serrana, metropolitana de Porto Alegre e entre Cruz Alta e Soledade.

Nesta segunda-feira (06), esse mesmo sistema se encontra mais deslocado para norte e deixa o dia nublado desde a metade norte do Rio Grande do Sul até o centro-sul do Mato Grosso do Sul, com chuvas de fraca a moderada intensidade ocorrendo pela manhã no norte e nordeste gaúchos, meio-oeste e sul catarinenses e no sudoeste do Paraná. As chuvas se mantêm até a noite de forma intermitente e se espalham pelo sul paranaense e norte de Santa Catarina, sem potencial para transtornos.

Na terça-feira (07) que o processo de formação do ciclone começa com a evolução da região de cavado para uma baixa pressão já na madrugada. Alerta para temporais no início da manhã na metade norte do Rio Grande do Sul, com exceção na região central e o oeste, para o meio-oeste e oeste de Santa Catarina, sul e sudoeste do Paraná. No decorrer da manhã, as chuvas ganham intensidade e há potencial para elevados acumulados no norte gaúcho e região serrana, sul e oeste catarinenses, que trazem potencial para transtornos

Ao longo do dia, as chuvas não dão trégua e se espalham pela região central e leste do Rio Grande do Sul, deixando em alerta para a ocorrência de temporais por volta do meio da tarde, com chuvas de moderada a forte intensidade se estendendo durante a noite.

No decorrer da madrugada, a baixa pressão se intensifica e, na manhã de quarta-feira (08), já se pode denominar de ciclone extratropical. As chuvas já se tornam mais brandas pela manhã e os ventos atuam com moderada intensidade (40 a 60 km/h) em boa parte do Rio Grande do Sul. Atenção para as áreas mais ao leste, onde os ventos podem atingir valores de até 80 km/h, além da agitação marítima.

No demais, a frente fria associada ao ciclone avança provocando chuvas de fraca a moderada intensidade, sem potencial para intensas rajadas de vento, pela Região Sul e centro-sul do Mato Grosso do Sul. No norte de Santa Catarina e no Paraná, o sistema chega ao norte do estado mais para o fim do dia, ocasionando aumento da nebulosidade e frio. Quanto à chuva, muito fraca e isolada.