Duas frentes frias afetam o Brasil neste início de 2026 e cravam a mudança de padrão e o fim do calorão; confira
Duas frentes frias vão afetar o tempo no Brasil nos primeiros dias de 2026, definindo uma mudança de padrão: aumento das chuvas no centro-norte do Brasil e queda nas temperaturas.

O início de 2026 será marcado por uma mudança de padrão bastante marcante, através da atuação de duas frentes frias e da incursão de uma massa de ar frio que provocarão uma inversão climática em boa parte do Brasil.
A primeira mudança acontece no dia 2 de janeiro, com a atuação de uma frente fria no oceano na altura do Sudeste, que ajudará na organização de umidade desde o Norte do Brasil até o Sudeste aumentando o potencial de chuvas intensas e o risco de tempestades e transtornos. Apesar de se tratar de uma frente fria, a massa de ar frio na sua retaguarda atua de forma oceânica e os ventos mais frios não chegam a afetar de forma considerável o Brasil.
A segunda frente fria avança logo no dia 3 de janeiro, acoplando-se com o primeiro sistema, mantendo a convergência de umidade nos dias seguintes no centro-norte do Brasil e formando a primeira Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) de 2026.
Nesse momento, a primeira massa de ar frio chega ao Brasil e de fato irá provocar a queda nas temperaturas em boa parte do centro-sul do Brasil, principalmente na Região Sul e leste do Sudeste.
2 de dezembro: a primeira frente fria
Na segunda-feira (2), a frente fria já está formada e atua no oceano na altura do Sudeste, mas influenciando também as regiões Sul e Centro-Oeste.
Já pela manhã, há previsão de chuvas de fraca a moderada intensidade no centro-norte do Paraná, no Mato Grosso do Sul e no estado de São Paulo, além de instabilidades pontuais entre Minas Gerais, a Bahia, Goiás e o Tocantins.

A partir da tarde, as chuvas ganham intensidade e se espalham pelo Brasil, com eventos mais intensos no leste e norte do Paraná, no estado de São Paulo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Mato Grosso do Sul, do Mato Grosso e de Rondônia. Em Goiás e boa parte da Região Norte até o oeste do Nordeste, há potencial de chuva forte, mas mais pontuais.
O tempo instável continua no período da noite com chuvas de fraca a moderada intensidade ocorrendo no norte, centro e leste de São Paulo, no centro-sul de Minas Gerais, no Rio de Janeiro e, agora, no Espírito Santo. Goiás e o Mato Grosso podem registrar chuvas mais intensas.
3 de dezembro: a segunda frente fria chega ao Brasil
Já no período da manhã, a frente fria já atua sobre o Rio Grande do Sul contribuindo para chuvas pontuais na metade norte do estado. Os ventos de sul, mais frios, já chegam ao sul gaúcho. Enquanto isso, o primeiro sistema frontal mantém o tempo instável com chuvas fracas no Sudeste e o canal de umidade favorece chuvas em Goiás, Tocantins e entre a Bahia e o sul dos estados do Piauí e do Maranhão.

No período da tarde, a frente fria avança até o estado de Santa Catarina, mas já perdendo força e se preparando para se acoplar no oceano com o primeiro sistema frontal. Chuvas intensas e tempestades podem ocorrer no Centro-Oeste, no Sudeste e entre as regiões Norte e Nordeste. Em São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Paraná, as chuvas já perdem intensidade ou nem acontecem.
Neste momento, a massa de ar frio já influencia o Rio Grande do Sul com maior intensidade e as temperaturas máximas não passam dos 25°C. Há a possibilidade de uma condição mais ventosa no estado, o que pode diminuir a sensação térmica.
Dias 4 e 5 de dezembro: os primeiros dias da ZCAS
No dia 4 de dezembro, domingo, é o primeiro dia da ZCAS que se manterá nos dias seguintes mais o norte do Sudeste, afetando os estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Esse posicionamento reduz o potencial de chuvas em São Paulo, no Mato Grosso do Sul e na Região Sul, o que também favorece a atuação da massa de ar frio, trazendo temperaturas atípicas para a época do ano no Sul e no leste do Sudeste.

A banda de nebulosidade de chuva, a ZCAS, deve se manter até o dia 7 dezembro, quarta-feira. Os acumulados podem passar dos 200 mm na duração do evento, com maiores volumes em Minas Gerais, no Espírito Santo, no sul da Bahia e no estado de Goiás.