Chuva retorna à Região Sul com alertas de temporais e elevado volume

Após dias secos e frios sob atuação de uma massa de ar polar, a chuva retorna ao Sul do país nesta semana. Volumes de até 100 milímetros podem ser registrados no Rio Grande do Sul.

Chuva
Chuva retorna com potencial para temporais no Sul do Brasil sob influência de nova frente fria.

As últimas semanas foram marcadas por diversas mudanças no tempo em grande parte do país. A passagem de uma frente fria, a formação da Tempestade Subtropical Yakecan, a chegada da primeira onda de frio mais intensa de 2022. Chuva, frio, neve, geadas, saúde para aguentar muitas mudanças em poucos dias.

Depois disso, o tempo seco se instalou em grande parte do Brasil, o que trouxe uma preocupação com os baixos índices de umidade relativa do ar, especialmente nesta época em que as doenças crônicas são agravadas. A temperatura começou a subir gradualmente, mas será que agora o tempo fica estável? O que esperar da reta final do mês de maio e com a chegada de junho?

Nova frente fria traz chuva de volta com potencial para temporais no Sul do Brasil nesta semana.

No decorrer desta semana, uma nova mudança no tempo deve acontecer especialmente no Sul do Brasil. Uma frente fria formada no Oceano Atlântico receberá o suporte de instabilidades no interior do continente. O resultado será uma sequência de pancadas de chuvas com acumulados significativos e potencial temporais começando pelo Rio Grande do Sul.

Frente fria muda o tempo na Região Sul

A partir desta quarta-feira (25), pancadas de chuva voltam a se espalhar pelo estado gaúcho. As instabilidades devem começar à tarde na fronteira entre Uruguai e Rio Grande do Sul.

Até o final da semana, essa chuva vai acontecer no estado gaúcho intercalada com períodos de melhoria, com potencial para temporais com descargas elétricas e ventos de intensidade moderada. São esperados volumes expressivos que podem alcançar a casa dos 100 milímetros, não se descartando, inclusive, risco para transtornos.

No final de semana, à medida em que a frente fria avança, as instabilidades tendem a ganhar força sobre os estados de Santa Catarina e do Paraná, também podem resultar volumes significativos. A frente fria avança de forma lenta, mas em sua retaguarda já vem uma nova massa de ar polar.

Para a virada do mês de maio para junho, essa chuva deve chegar a pontos do Sudeste e do Centro-Oeste conforme a frente fria se deslocar, porém, vale destacar que os acumuladores já não devem ser tão expressivos, pois o sistema frontal perde a conexão e o suporte com outras estabilidades no interior do continente como será na região Sul.

Depois da chuva, vem o frio novamente

Após a passagem da nova frente fria, o mês de junho deve começar com nova queda da temperatura. Uma massa de ar polar será a responsável pelo tempo seco e frio, mas diferente da última, não deve ser tão intensa e abrangente, ou seja, não são esperadas temperaturas tão baixas no Brasil Central.

Apesar de ainda ser cedo para dizer se teremos uma segunda onda de frio intensa, é possível acompanhar a tendência de queda acentuada da temperatura nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, onde são esperadas mínimas abaixo de 4°C, não se descartando a possibilidade para ocorrência de novas geadas.

Comportamento da chuva no Sul em junho

O mês de junho vai começar com chuva no Sul do Brasil com a passagem de uma frente fria bastante organizada e abrangente. Na primeira semana do mês, a tendência é de anomalia positiva d precipitação em boa parte da região Sul, especialmente na metade norte gaúcha, em Santa Catarina e no Paraná. O sul gaúcho fica com chuva dentro da climatologia, pois o sistema frontal já terá passado por lá nesta reta final de maio.

Na segunda semana, a precipitação tende a diminuir sobre o Rio Grande do Sul, mas ainda pode atuar em áreas de Santa Catarina e Paraná, ou seja, mais uma semana instável na região, com possibilidade de novas pancadas de chuva.

Da terceira semana para frente, a expectativa já é de tempo mais seco, com anomalias negativas de precipitação. Ainda é cedo para cravar a falta de chuva na quinzena de junho, mas ao que tudo indica, pela simulação mais recente dos modelos meteorológicos, a chuva deve diminuir em volume e frequência com a chegada do inverno que vai começar no dia 21 de junho.