Alerta de chuva no Sudeste: avanço de frente fria pode gerar altos volumes e tempestades

Os próximos dias serão marcados pelo avanço de uma frente fria pelo Sudeste, o que deixa a região em alerta para temporais e alto volume. Saiba quais áreas serão mais afetadas e o que esperar.

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Volume de chuva pode passar dos 100 milímetros no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro com a passagem de uma frente fria.

Ainda que de forma mal distribuída, a chuva voltou a atingir o Sudeste com maior frequência desde o comecinho de dezembro. Fala-se em má distribuição devido aos volumes que têm sido muito distintos de estado para estado e até mesmo de cidade para cidade. Além de volumes elevados, temporais também tem atingido a região, provocando transtornos, estragos e prejuízos nesses últimos dias.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), nos últimos cinco dias choveu cerca de 135.8 milímetros em Uberlândia no triângulo mineiro, é a cidade que mais registrou chuva até agora na região. Atrás dela vem uma cidade que fica bem distante, Cambuci no Rio de Janeiro com 116 milímetros registrados desde o dia primeiro. No estado de São Paulo também houve chuva expressiva recentemente com um total de 64.8 milímetros em Barretos. No Espírito Santo, a cidade que mais registrou chuva foi Alegre com 52 milímetros.

Estações do INMET registram mais de 135 milímetros em Uberlândia. Em apenas cinco dias, choveu metade do volume esperado para o mês de dezembro inteiro. As previsões apontam para alto volume nas próximas semanas.

Sobre os estragos e prejuízos recém provocados pelas chuvas no Sudeste, nesta última terça-feira (5), pessoas ficaram ilhadas em Uberlândia (MG) após a chuva intensa e forte que derrubou árvores, gerou alagamentos e enxurradas, e arrancou até parte do asfalto na Av. Rondon Pacheco. Em Campinas (SP) a chuva forte e volumosa provocou estragos e obrigou o fechamento dos parques com risco de queda de árvores, muitas ruas ficaram completamente alagadas.

No comecinho da semana também houve muita chuva na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o que provocou a queda parcial da fachada de uma casa que teve também parte do telhado arrancado por conta de ventos fortes. Apesar dos temporais, o volume de chuva registrado pela estação do INMET na Grande BH não passa dos 32 milímetros até o momento. Porém, estações do CEMADEN apontam cerca de 70 milímetros em Contagem nas últimas 96 horas.

Alerta de mais chuva no Sudeste

O mês de dezembro mal começou e temporais com chuvas volumosas estão atingindo o Sudeste, e isso pode se intensificar nos próximos dias. A região já está em alerta amarelo para chuvas intensas, e esse alerta pode mudar para laranja e até vermelho com o avanço de uma frente fria. O volume de chuva pode chegar a casa dos 100 milímetros até o domingo (10) entre o leste de São Paulo e o Rio de Janeiro. Confira os detalhes agora.

Nesta quinta-feira (07) com a aproximação cada vez mais evidente da frente fria, a região Sudeste fica em alerta máximo para eventuais transtornos relacionados a chuva forte e volumosa. Ao longo do dia, a chuva se espalha pelo estado de São Paulo que tem registrado também altas temperaturas, o que vai servir como combustível para os temporais com ventos em torno de 45km/h, trovoadas, raios e eventual queda de granizo. A chuva será mais intensa em cidades no litoral sul paulista e também no interior fazendo divisa com o Paraná. No finalzinho do dia, essas pancadas de chuva já podem chegar a partes do Rio de Janeiro, sul de Minas e Triângulo Mineiro.

Mas é na sexta-feira (08) que fica o maior alerta para chuvas volumosas e fortes entre São Paulo, Rio de Janeiro e metade sul de Minas Gerais. Sobre o estado paulista, alerta desde o interior até o litoral, com volumes bastante elevados e risco para alagamentos e erosão do solo. Por conta da passagem da frente fria somada a umidade costeira, o litoral norte de São Paulo pode sofrer fortes impactos negativos dessa chuva no final da semana. Atenção ao risco de desabamentos em áreas mais vulneráveis.

A chuva mais forte também pode gerar estragos no Rio de Janeiro e no sul de Minas, especialmente durante a madrugada de sábado (09), o que pode pegar muita gente de surpresa em suas casas. Importantíssimo ficar de olho em lugares com maior possibilidade de deslizamentos de terra e a qualquer movimento de massa, não exitar em procurar um local seguro para se abrigar.

No final de semana ainda vai chover em boa parte do Sudeste, pois a frente fria continuará seu caminho em direção ao oceano Atlântico. No sábado (09) tem potencial para volumes expressivos ainda no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e no leste de Minas Gerais. Além da chuva volumosa, temporais com ventos, raios e granizo podem ser registrados. No domingo (10) a frente fria se afasta para o oceano e a chuva perde força.

Um novo ciclone em seguida

Apesar da chuva perder força durante o domingo sobre o Sudeste, a chuva não dará trégua sobre a região. O que parecia a chegada de uma calmaria é na verdade a aproximação de novas instabilidades que vão passar de forma muito rápida desta vez pela região Sul e logo na segunda-feira (11) atingirão o Sudeste.

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Um novo ciclone já se forma na altura do Sudeste na próxima segunda-feira (11), o que vai manter as chuvas expressivas na região.

Na segunda-feira já são esperadas novas pancadas de chuva sobre o estado de São Paulo durante o dia e a noite sobre o Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais. Um sistema de baixa pressão atmosférica vai se formar na costa do Sudeste e dará origem a uma nova frente fria subtropical. O sistema será rápido e vai avançar por todo o Sudeste até meados da semana. Os quatro estados podem registrar alto volume de chuva e também temporais.

A tendência aponta para diminuição das chuvas entre os dias 14 e 15 de dezembro, mas não se engane, pois para a segunda quinzena de dezembro a projeção é de muita chuva sobre o Sudeste. O volume total de chuva entre os dias 16 e 31 de dezembro pode variar entre 50 e 350 milímetros na região. Os maiores acumulados estão projetados para a metade norte mineira, não se descartando assim, o potencial para estragos antes do final do ano.