Alerta: Ciclone formará tempestades severas no centro-sul nos próximos dias

Nos últimos dias, um violento ciclone extratropical, possível recorde de menor pressão atmosférica já observada no hemisfério sul, se formou em região próxima do continente Antártico.

Estações meteorológicas localizadas no Oeste da Antártida, embora longe do centro do ciclone, registraram pressão ao nível do mar de 915 hPa - o que sugere que a pressão no centro do ciclone estava de fato muito mais baixa do que isso.

Eventos deste tipo geram especulação e medo, pois ciclones extratropicais geralmente estão associados a chuva forte, queda de granizo e ondas acima de 2m de altura. Áreas de mar aberto serão atingidas por ventos de até 120 km/h, similares aos de um furacão.

A frente fria associada a este ciclone atingiu o extremo sul da América do Sul, mas não causou fenômenos extremos e nem alertas. O fato é que o ciclone está distante do Brasil e não vai afetar o tempo no país.

Ainda assim, há um outro ciclone se formando em alturas mais próximas da região sul que deve influenciar as condições meteorológicas brasileiras ao longo desta semana.

Ciclone se formará na altura do Rio Grande do Sul e causará tempestades severas nos próximos dias

Entre o final desta quarta-feira (19) e a quinta-feira (20), uma região de baixa pressão vai se formar na altura do Rio Grande do Sul e do Uruguai, formando um ciclone que se desloca em direção ao Oceano Atlântico. Trata-se de um ciclone diferente do registrado na Antártica.

A frente associada ao fenômeno trará tempestades severas para o sul do Mato Grosso do Sul e de São Paulo, norte do Rio Grande do Sul, além dos Estados de Santa Catarina e especialmente Paraná - Onde os acumulados de chuva podem ultrapassar os 100 mm em um único dia.

O fenômeno deixa, portanto, os paranaenses e catarinenses em estado de alerta já nesta quarta-feira (19). Além das chuvas intensas, há risco de rajadas de vento de até 100 km/h e de queda de granizo. São esperados alagamentos, quedas de árvore, estragos em plantações e cortes na energia elétrica.

As piores tempestades devem se formar, no entanto, ao longo desta quinta-feira (20). As áreas que serão mais atingidas são o sul do Mato Grosso do Sul, oeste de Santa Catarina e o Paraná, com acumulados altos de precipitação e tempo severo. Algumas tempestades localizadas também podem atingir com força o sul e sudeste rio-grandense.

Já na sexta-feira (21), a frente se desloca e causa chuvas mais abrangentes no Mato Grosso do Sul e em São Paulo, embora com menor intensidade e acumulados não tão altos. Ainda assim, há risco de danos como alagamentos menores, queda de galhos de árvore e pequenas interrupções na energia elétrica.

Entre sexta e sábado (22), os resquícios da passagem deste sistema ainda podem trazer chuvas para o Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais, embora as tempestades sejam mais localizadas e os acumulados menores.

O que fazer em áreas afetadas pelas tempestades?

Não se abrigue debaixo de árvores e nem coberturas pequenas como quiosques. Durante tempestades, existe o risco de quedas de galhos e ferimentos devido aos ventos fortes, além de descargas elétricas (raios) que representam risco de morte.

Por motivos similares, não estacione veículos em áreas próximas a torres de transmissão, objetos altos ou placas de propaganda e, se possível, desligue aparelhos elétricos e o quadro geral de energia para evitar danos materiais.

Em caso de dúvida ou emergência, entre em contato com a Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros (telefone 193).