Chega de selfies na frente do espelho! Descoberto os perigos de levar o celular ao banheiro

Para muitos, o momento de ir ao banheiro é ideal para passar tempo em redes sociais ou para avançar em apps de jogos. Se este é o seu caso, chegou a hora de você saber por que essa prática pode ser perigosa para a sua saúde.

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Apenas 20% das pessoas confessam ter desinfetado seus celulares.

O uso do celular tornou-se parte integrante de nossas vidas e muitas pessoas não resistem à tentação de levá-lo ao banheiro. E, claro, essa prática gera amplo debate sobre a comodidade e os possíveis riscos associados. Isso porque, embora o banheiro possa parecer um local inofensivo, na verdade ele pode ser uma fonte de bactérias e germes que chegam ao aparelho em questão de segundos.

Segundo diferentes pesquisas, entre 75% e 88% das pessoas levam seus celulares quando vão ao banheiro, e mais de 30% passam pelo menos 15 minutos trancados nesse cômodo.

Calor, umidade e falta de ventilação criam um ambiente ideal para a proliferação de microorganismos. De fato, foi demonstrado que o banheiro pode conter mais de 340 bactérias por cada centímetro quadrado. E os telefones celulares?

Acontece que o celular é um dos mecanismos mais eficientes para o transporte de germes e bactérias. Cada vez que o levamos ao banheiro, o expomos a cepas de estreptococos, E. coli e estafilococos que contêm matéria fecal, e estima-se que o telefone contenha cerca de 17.000 bactérias - isso é mais do que o próprio banheiro. Esses micróbios podem causar diarreia, resfriados e até infecções urinárias, intestinais, cutâneas ou respiratórias.

O vírus do resfriado comum pode sobreviver no plástico do telefone por até uma semana. Outros vírus, como o vírus que causa a covid-19, o rotavírus (um germe estomacal altamente infeccioso que geralmente afeta bebês e crianças pequenas), a gripe (infecções respiratórias) e o norovírus (infecções intestinais graves) também podem persistir de forma infectável durante vários dias.

Mas o problema não termina aí. Depois de sair do banheiro, levamos o aparelho para outros cômodos da casa. Nós o apoiamos na cama, ao lado do computador ou no balcão onde cozinhamos, e espalhamos doenças por toda a casa e para o resto da família. E como se isso não fosse preocupante o suficiente, em pesquisas sobre o uso do celular, mais de 40% dos entrevistados responderam que levam o aparelho com frequência aos lábios e à boca. Esperamos que agora você pense duas vezes antes de fazer isto.

Como limpar o seu celular?

Felizmente, a solução não é jogar fora o celular, basta desinfetá-lo. A limpeza diária dos nossos dispositivos móveis deve fazer parte da rotina. Hoje, apenas 20% das pessoas confessam fazê-lo, e o percentual é ainda menor se considerarmos outros aparatos tecnológicos, como o controle remoto da TV.

Fazer isso é muito simples. É melhor usar toalhinhas ou sprays à base de álcool. Eles precisam conter pelo menos 70% de álcool para higienizar capas de telefone e telas sensíveis ao toque e devem ser aplicados todos os dias, se possível. Não é recomendável borrifar os desinfetantes diretamente no telefone, mas devemos fazê-lo em uma toalha de papel que será passada nas superfícies e nas bordas.

É melhor usar toalhinhas ou sprays à base de álcool. Eles devem conter pelo menos 70% de álcool para desinfetar capas de telefone e telas sensíveis ao toque.

É necessário manter os líquidos afastados dos pontos de conexão ou outras aberturas do aparelho para não danificá-los. E é muito importante que você lembre-se de lavar bem as mãos ao terminar a limpeza. Mesmo se usarmos lenços antibactericidas ou álcool, os micro-organismos podem reaparecer, indicando que a desinfecção deve ser um processo regular para ser eficaz. Agora que você conhece o perigo de um celular sujo, esperamos que siga todas essas dicas, principalmente se estiver lendo este artigo do banheiro.