Tempestade de areia em Manaus encobriu os prédios! Confira as imagens e vídeos!

Neste último domingo (5), a capital amazonense foi encoberta por uma tempestade de areia e deixou os moradores assustados. Os prédios da cidade ficaram escondidos atrás da "cortina" de poeira. Confira as imagens!

Tempestade de areia
Capital do Amazonas foi engolida por "tempestade de areia" que encobriu os prédios e assustou moradores. Foto: Divulgação.

A Região Norte está enfrentando uma seca histórica, principalmente o estado do Amazonas, em que o Rio Negro atingiu o menor nível em 121 anos, com 13,5 metros. Esta já é considerada a pior seca que a capital Manaus já enfrentou. Mas junto a isso, no último domingo (5) a capital amazonense foi encoberta por uma tempestade de areia que assustou os moradores.

Manaus foi engolida por uma tempestade de poeira

O fenômeno foi registrado por moradores de bairros da zona oeste e zona sul de Manaus. nas imagens é possível observar uma “cortina” de poeira. A densidade da fumaça era tão grande que os prédios ficaram encobertos por areia.

A ventania com ventos de 70,4 km/h, segundo o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), fez com que a Prefeitura de Manaus acionasse as equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para atender as ocorrências de destelhamento de casas causadas pelos fortes ventos.

Ou seja, além da seca histórica, a cidade tem sido atingida por uma fumaça que vem das queimadas em vários pontos da Região Norte do Brasil.

De acordo com o Censipam, as tempestades que ocorreram no domingo são comuns nesta época do ano. Atualmente, o Amazonas está no período chamado de transição entre a estação menos chuvosa, conhecida como "verão amazônico", e a estação mais chuvosa, chamada de "inverno amazônico".

Dessa vez, o temporal criou uma verdadeira “tempestade de poeira”, que geralmente é provocada, geralmente, por uma combinação de ventos fortes, areia, desmatamento ou climas áridos. Dessa vez, junto com a fumaça das queimadas, que paira sobre a capital amazonense há mais de uma semana, a areia encobriu prédios e prejudicou a visibilidade.

Foi uma junção de vários aspectos! Uma crise provocada pelas queimadas, cuja temporada começa em agosto, e agravada pela seca histórica que atingiu o Rio Negro nos últimos meses, além do calor intenso provocado pelo El Niño. O cenário só não é pior porque os níveis de desmatamento estão em queda.

Quem é vilão da história?

Mas será que tem previsão de chuvas para amenizar essa fumaça que paira sobre Manaus? Climatologicamente, o mês de dezembro é considerado o primeiro mês da estação chuvosa na região da Amazônia, porém este ano estamos sob o efeito do El Niño, que têm influência direta na seca da região.

O El Niño causa a diminuição da umidade e escassez de chuvas, prejudicando a vegetação, a fauna e as comunidades locais que dependem dos recursos naturais.

Os modelos climáticos indicam que o atual evento de El Niño continuará se intensificando, chegando na categoria de El Niño forte em seu pico de intensidade no primeiro trimestre de verão do Hemisfério Sul, podendo ser classificado com um Super El Niño.

Além do El Niño, as águas do Oceano Atlântico na porção norte estão mais aquecidas que a média climatológica, ou seja, a combinação das condições registradas nos oceanos afetam a circulação dos ventos na atmosfera, resultando na diminuição e no atraso do início das chuvas em grande parte da região Norte do Brasil. Espera-se que o período de novembro de 2023 a janeiro de 2024, seja de chuvas abaixo da média em quase toda a região Norte.