Por que simular uma colisão planetária e qual a ameaça disso?

Um mistério lunar está envolvido e pode ser desvendado através de uma simulação de colisão planetária. Mas afinal, qual o interesse dos cientistas em tal simulação?

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O planeta Terra sobreviveria a uma colisão planetária?

Já imaginou o que aconteceria e o que restaria depois de uma colisão planetária? Certamente, é um evento temido pela maior parte da humanidade, afinal, uma colisão tão violenta poderia ser o nosso fim.

Os cientistas, entretanto curiosos, simularam uma colisão entre planetas, a pergunta é por quê? O que buscam os estudiosos? A resposta é mais curiosa ainda e envolve um mistério lunar.

Acredita-se que a Lua tenha sido "criada" através de uma colisão mega violenta , e que uma nova simulação do acontecimento é capaz de responder a algumas perguntas intrigantes para os astrofísicos ao redor de todo o mundo.

Mistério lunar

Através de uma simulação em um computador capaz de traçar a formação da Lua em alta resolução, acredita-se ser possível explicar o mistério em torno da criação da Lua e do porque ela é tão quimicamente semelhante à Terra.

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O obscuro mundo dos asteroides e seus impactos quando colidem com os planetas.

Todos sabem que de forma convencional, a história contada sobre a origem a Lua é que um planeta primordial chamado Theia tenha colidido com a Terra, o que expeliu rocha derretida no espaço. Os tais detritos, compostos principalmente de Theia, foram se fundindo na Lua ao longo de dezenas de milhões de anos.

Colisão planetária

Recentemente, pesquisadores da Universidade de Durham e Universidade de Glasgow, ambas do Reino Unido, utilizaram o supercomputador COSMA para mostrar o que aconteceria se enormes objetos, viajando a diferentes velocidades e ângulos, colidissem com um planeta parecido com a Terra. A conclusão é que essas colisões gigantescas poderiam causar graves consequências para planetas jovens, como perda atmosférica.

Vale ressaltar ainda, que foi observado que um impacto lento poderia causar menor perda atmosférica do que uma colisão rápida e direta - que, inclusive, teria potencial para destruir também uma parte do manto do planeta, a camada que fica abaixo da crosta.

Para Vincent Eke, co-autor do estudo, isso indica que a quantidade de atmosfera que pode ser perdida na colisão depende da "sorte" que o planeta terá no momento do impacto.

Colisões do tipo fazem parte do histórico do nosso próprio planeta.

A simulação realizada pelos pesquisadores sugere que a colisão há milhões de anos atrás entre Theia e a Terra, possa ter tirado até 50% da atmosfera inicial do nosso planeta, naquela época longínqua.

Somos sempre atingidos?

Claro que a maior parte das pessoas ficam se perguntando se a Terra um dia pode ser atingida e extinguida pela colisão planetária. Mas você sabia que a Terra é atingida por asteroides com frequência? O que muda é o tamanho deles.

O mais recente asteroide que atingiu a Terra foi descoberto apenas duas horas antes do impacto final que aconteceu em uma área da Islândia, e que apesar do seu potencial destrutivo, caiu sem causar danos.

No dia 11 de março, o pequeno objeto rochoso que recebeu o nome de EB5 2022, caiu no norte da Islândia segundo vários astrônomos que descreveram o asteroide com cerca de três metros de largura, e que provavelmente fosse incapaz de provocar algum dano catastrófico.

A colisão de um asteroide e nosso planeta é algo certamente muito temido, pois é um dos desastres naturais mais perigosos que a Terra pode experimentar, principalmente pelo fato de que não existe, atualmente, uma maneira imediata de detê-lo. Por exemplo, este corpo rochoso tinha apenas 3 metros de largura, mas um que tenha mais de 140 metros de diâmetro liberaria uma energia mil vezes maior do que a liberada pela primeira bomba atômica.