NASA alerta: forte tempestade solar vai impactar a Terra nesta quinta e sexta-feira

Várias ejeções de massa coronal estão vindo em direção ao nosso planeta e podem formar uma única ejeção do tipo Canibal. A tempestade geomagnética atingirá seu pico por volta do meio-dia da sexta-feira (1).

Tempestade Solar Geomagnética NOAA NASA
Atualização da NOAA na quarta-feira (29), elevando a tempestade geomagnética à categoria forte G3 para sexta-feira, 1º de dezembro.

Três, ou talvez quatro ejeções de massa coronal (CMEs) estão se dirigindo para a Terra após uma série de explosões no Sol esta semana.

A maior das CMEs, lançada em 28 de novembro e de classe M9.8, poderá varrer algumas das anteriores, de menor intensidade, formando CME do tipo Canibal capaz de desencadear fortes tempestades geomagnéticas de classe G3, com auroras em latitudes médias, de acordo com o site spaceweather.com.

As ejeções de massa coronal são classificadas, de acordo com sua força, com as letras A, B, C, M e, por fim, X, da mais fraca à mais forte, respectivamente. Depois, estabelece-se um número como subclassificação, já que cada uma das letras é dez vezes mais poderosa que a anterior. Assim, as da classificação B seriam dez vezes mais fortes que as do tipo A; as do tipo C, dez vezes mais potentes que as do tipo B; e assim por diante. Neste caso, os especialistas classificaram tal ejeção como M9.8, o que a deixou próximo da potência mais alta possível, informou o site ABC da Espanha.

Foi o Observatório de Dinâmica Solar da NASA que registrou a erupção solar de classe quase X da mancha solar AR3500 em 28 de novembro às 19:50 UTC.

Conforme relatado pelo spaceweather.com, um pulso de radiação ultravioleta extrema desligou as comunicações de rádio de ondas curtas no sul do Oceano Pacífico e em partes das Américas. Os navegadores e radioamadores podem ter notado a perda de sinal em frequências abaixo de ~20 MHz por até uma hora após a erupção.

Em relação à essa CME, lançada diretamente em direção à Terra, o site indica a presença de um halo de nuvens se expandindo em nossa direção a mais de 800 km/s, detectado pelo coronógrafo do satélite SOHO (Solar and Heliospheric Observatory satellite).

Segundo um modelo da NASA, esta CME atingirá a Terra ao meio-dia UTC em 1º de dezembro.

E poderia 'varrer' uma das várias CMEs mais lentas que a precederam. Se assim for, poderia formar uma CME do tipo Canibal capaz de causar uma forte tempestade geomagnética de classe G3.

Quais são as consequências de uma tempestade solar?

Para medir as consequências que uma tempestade solar pode gerar, a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) utiliza uma escala de 5 níveis:

  • G1 - Menor: causa leves efeitos nas redes elétricas, pequenas flutuações de energia e auroras visíveis em altas latitudes.
  • G2 - Moderada: gera auroras mais extensas e amplas, voltagens anômalas em sistemas de energia e possíveis efeitos nos satélites que orbitam a Terra.
tempestade solar geomagnética
A intensidade de uma tempestade solar é classificada em 5 categorias.
  • G3 - Forte: tem a capacidade de causar flutuações de energia nas redes elétricas, dificuldades no controle da rede elétrica, impactos na navegação por satélite e auroras visíveis em latitudes mais baixas do normal.
  • G4 - Grave: causa danos aos sistemas elétricos, interrupções na navegação por satélite e nas comunicações.
  • G5 - Extrema: o último nível provoca falhas na rede elétrica, danos extensos nos transformadores, interrupções generalizadas nas comunicações e na navegação por satélite.