Energia solar pode gerar 3,6 milhões de empregos no Brasil até 2030 e revolucionar a matriz energética

Com forte expansão no Brasil, a energia solar impulsiona investimentos, reduz custos para empresas, gera milhões de empregos e fortalece o papel do setor privado na transição energética.

Empresas reduzem até 95% na conta de luz com energia solar e ganham vantagem sustentável
Empresas reduzem até 95% na conta de luz com energia solar e ganham vantagem sustentável. Foto: Freepik

A energia solar fotovoltaica segue em expansão acelerada no Brasil e, segundo projeções, deve representar 33% de toda a matriz elétrica nacional até 2030. O avanço é sustentado por fatores como evolução tecnológica, redução de custos, financiamento facilitado e, mais recentemente, pela demanda por soluções sustentáveis por parte de consumidores e empresas.

Desde 2012, o setor já movimentou R$ 270 bilhões em investimentos e gerou 1,8 milhão de empregos, segundo dados da ABSOLAR. A expectativa para os próximos cinco anos é ainda mais ambiciosa: 3,6 milhões de postos de trabalho devem ser criados ao longo da cadeia produtiva da energia solar — da fabricação à instalação e manutenção dos sistemas.

“A energia solar permite que a empresa retome o controle sobre uma das suas maiores despesas operacionais, enquanto avança em compromissos com inovação e sustentabilidade”, afirma Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

Geração distribuída avança, mas enfrenta gargalos de mão de obra

O crescimento da energia solar está fortemente associado à geração distribuída (GD) — modelo no qual o próprio consumidor gera sua energia, geralmente por meio de sistemas instalados em telhados residenciais, comércios ou áreas rurais. Em 2025, a GD já representa 42,1 GW dos mais de 60 GW de potência solar instalada no Brasil.

Essa expansão impulsiona o mercado de trabalho: 109 mil novos profissionais devem ser contratados até o fim de 2025, conforme estudo publicado pela Gazeta Mercantil. No entanto, o setor enfrenta um entrave importante: a alta rotatividade, que chega a 61%, gerando um impacto financeiro anual de R$ 2,7 bilhões.

A maior parte das contratações está concentrada nas empresas integradoras — responsáveis pela venda e instalação dos sistemas — com 83 mil admissões previstas. Ainda que o volume de oportunidades cresça, desafios relacionados à capacitação técnica, modelos de remuneração variáveis e pressão por metas tornam o cenário instável.

Oportunidade estratégica para empresas brasileiras

Além de se consolidar como alternativa ambientalmente responsável, a energia solar se posiciona como solução econômica para empresas brasileiras que enfrentam tarifas elevadas e baixa previsibilidade de custos. Sistemas bem dimensionados podem reduzir em até 95% a conta de luz, trazendo alívio financeiro e aumento de competitividade.

No setor empresarial, a adoção de fontes renováveis também se traduz em ganhos reputacionais. Empresas que adotam a geração própria fortalecem sua marca, atraem investidores e parceiros estratégicos e se alinham aos princípios ESG, cada vez mais exigidos por stakeholders.

O Grupo Studio, consultoria especializada em soluções corporativas, estruturou uma vertical focada na implantação de sistemas fotovoltaicos em empresas, atuando desde o estudo técnico-econômico até a entrega e acompanhamento dos resultados. A abordagem é personalizada, considerando perfil de consumo, viabilidade e potencial de economia.

“Mais do que acompanhar tendências, é preciso liderar movimentos que unem rentabilidade, inovação e impacto positivo”, reforça o executivo da consultoria.

Matriz energética em transformação

Atualmente, a energia solar já representa 23,5% da matriz elétrica instalada no país, posicionando-se como a segunda maior fonte, atrás apenas da energia hídrica. Com mais de 6,5 milhões de consumidores beneficiados diretamente, a fonte fotovoltaica é cada vez mais acessível, impulsionada por modelos de financiamento cooperativo, consórcios solares e até condomínios energéticos.

Desde 2012, a tecnologia já evitou a emissão de 88,3 milhões de toneladas de CO₂, contribuindo significativamente para as metas climáticas do Brasil. A expectativa do setor é que essa trajetória se intensifique com a aprovação de novas políticas públicas, modernização do marco regulatório e investimentos em qualificação profissional.

Embora o cenário seja promissor, especialistas alertam que o crescimento precisa ser acompanhado por melhorias estruturais e regulatórias, sobretudo em relação ao tempo de conexão à rede, padronização de regras e incentivos para empresas de pequeno e médio porte.

Referências da notícia

Energia solar no Brasil alcança novo marco, mas ainda tem desafios. 17 de agosto, 2025. Redação. Gazeta Mercantil.

GD deve contratar 109 mil profissionais ainda esse ano. 18 de agosto, 2025. Canal Energia.

Energia Solar deve gerar 3,6 milhões de Empregos e ocupar 33% da matriz energética brasileira até 2030. 18 de agosto, 2025. Gueratto Press Assessoria.