O tempo nesta semana no Brasil: uma nova frente fria vai ingressar pelo centro-sul do país. O que esperar?

A semana será marcada pela atuação da massa de ar polar e também pela formação e atuação de uma frente fria no centro-sul do Brasil. Confira aqui os detalhes da previsão do tempo.

frente fria
Formação de frente fria muda o tempo na Região Sul a partir da quarta-feira. Há risco de chuvas intensas e tempestades.

A última semana foi marcada pela formação e atuação de um ciclone extratropical que trouxe ventos intensos e chuvas volumosas, resultando em muitos transtornos como alagamentos e inundações, e também em tragédia, com mortes do estado do Rio Grande do Sul.

Após a atuação da ciclone, uma massa de ar polar trouxe calmaria, tempo firme, intensificando o frio no centro-sul do Brasil, com geadas ocorrendo em boa parte da Região Sul e até mesmo no extremo sul do estado de Minas Gerais.

Nesta semana, o ar polar ainda vai atuar, mas uma frente fria promete mudar o tempo novamente em parte do centro-sul do Brasil. A seguir vamos ver como fica o tempo na semana.

Início de semana com massa de ar polar, risco de geada e tempo firme

Nesta segunda-feira (20), o tempo firme predomina em todo o centro-sul do Brasil, com tempo mais fechado até o meio da manhã no norte de Santa Catarina, na metade leste do Paraná, no leste de São Paulo e na porção central e norte do de Minas Gerais. Pelas condições, há potencial para a formação de nevoeiros na região metropolitana de Porto Alegre, na Serra Gaúcha, no norte catarinense, no sul e leste do Paraná.

As temperaturas mínimas, que ocorrem entre o fim da madrugada e o início da manhã, proporcionam condições para a formação de geadas na região Central, na Campanha, no Sul, no norte e na Serra do Rio Grande do Sul, no Oeste, Planalto e Serra de Santa Catarina e no sul do Paraná.

alerta de geada
Temperaturas mínimas previstas para a segunda-feira, 19 de junho.

Ao longo do dia, as temperaturas aumentam, mas a sensação de frio é generalizada na Região Sul, em praticamente todo o estado de São Paulo, com exceção do norte, no centro-sul de Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

O tempo firme predomina, mas os ventos de sudeste, vindo do oceano, deixam o tempo nublado em todo o litoral de São Paulo e até a região do ABCD paulista, e no Rio de Janeiro. Mesmo assim, o sol consegue aparecer entre muitas nuvens.

Na terça-feira, 21 de junho, ainda há potencial para a formação de geadas nas regiões da Serra Gaúcha, da Serra e Planalto Catarinenses.

Na terça-feira (21), a massa de ar polar já se afasta mais para o oceano, o que permite o tempo firme em toda a Região Sudeste, com maior concentração de nuvens nas áreas do leste durante o período da manhã.

O mesmo é previsto para a Região Sul, no entanto, uma região de cavado consegue se formar na madrugada e provoca chuvas de fraca intensidade na metade sul do Rio Grande do Sul e, posteriormente e no início da manhã, na região de Porto Alegre. No decorrer da manhã e no restante do dia, o tempo firme predomina em todo o Rio Grande do Sul e demais estados do Sul.

geadas
Temperaturas mínimas previstas para a segunda-feira, 20 de junho.

Em relação às temperaturas, o frio se mantém ao longo da terça-feira (21), mas com menor intensidade nas mesmas áreas no dia anterior, com a ressalva de que no norte de São Paulo e na região do Triângulo Mineiro entre o fim da manhã e o meio da tarde, a previsão é de calor.

Frente fria se forma e avança pela Região Sul

Na madrugada da quarta-feira (21), inicia-se o processo de formação de frente fria. Uma região de cavado passa a atuar na Região Sul e pela manhã há o aumento da nebulosidade no Rio Grande do Sul e no leste do estado de Santa Catarina e do Paraná. No entanto, chuvas ocorrem com fraca intensidade somente na porção central e no oeste gaúchos. Mais para o fim do período, há potencial para chuvas de forte intensidade no Oeste e nas áreas mais a oeste da Campanha gaúcha.

No período da tarde, as instabilidades vão ganhando intensidade e se espalham pelo Rio Grande do Sul levando chuvas para praticamente todo o estado, com exceção das áreas mais ao norte e do nordeste do estado. Há alerta de chuvas intensas e tempestades para o Oeste e a Campanha. Na região Central até a metropolitana de Porto Alegre, as chuvas ocorrem com fraca a moderada intensidade. Mais para o fim do período, passa a chover com até forte intensidade no oeste de Santa Catarina, no sudoeste e oeste do Paraná.

No período da noite, as chuvas perdem intensidade e acontecem no máximo com moderada intensidade. Há previsão de chuvas para todo o Rio Grande do Sul, praticamente toda Santa Catarina, com exceção do norte do estado, e para o sul, sudoeste e oeste do Paraná.

Os maiores acumulados e chuvas intensas ocorrem no oeste da Região Sul, com destaque para o oeste do Paraná, onde podem acumular entre 70 a 80 mm.

O tempo continua instável ao longo da madrugada da quinta-feira (22) e, no período da manhã, a frente fria finalmente se forma. Assim, as chuvas voltam a ocorrer com maior intensidade no norte do Rio Grande do Sul, em todo o estado de Santa Catarina, no centro-sul e todo o oeste do Paraná. Não há potencial para transtornos. No leste do Rio Grande do Sul, chove com fraca intensidade.

A frente fria não consegue avançar e mantém o tempo instável sobre as mesmas áreas, com chuvas perdendo intensidade ou parando no restante do dia em boa parte. Somente na porção central, norte e oeste do Paraná que, a partir da tarde, há alerta de chuvas intensas e tempestades que podem vir acompanhadas de granizo.

chuvas intensas
Acumulado de precipitação até a sexta-feira, 23 de junho, segundo o modelo ECMWF.

Na sexta-feira (23), a frente fria começa a se deslocar e ganha intensidade. Pela manhã, previsão de chuva para todo o Paraná, Santa Catarina até o norte do Rio Grande do Sul, com chuvas de moderada a forte intensidade no norte catarinense e no noroeste paranaense.

A partir do fim da manhã e início da tarde, o sistema frontal se afasta bastante e as chuvas param em toda a Região Sul. A frente fria passa a influenciar o leste de São Paulo, mas provoca mais aumento de nebulosidade do que chuva efetiva.