Alerta de tempestade geomagnética forte: risco de falhas no GPS e no plantio de precisão
Alerta de tempestade solar G3 entre 6 e 7 de novembro pode reduzir a precisão do GPS e afetar pilotos automáticos no plantio. Veja, em linguagem simples, o que esperar, como se proteger e onde acompanhar no Brasil.

A agência dos Estados Unidos que monitora o Sol (NOAA NWC) emitiu alerta para tempestade geomagnética forte (G3)entre 6 e 7 de novembro, após a detecção de uma ejeção de massa coronal que pode alcançar a Terra nesse período.
No agro, o ponto de atenção é claro: guias automáticos e barras de luz podem perder precisão por algumas horas. Tempestades assim são conhecidas por provocar falhas temporárias na navegação por satélite (GPS e outras constelações), o que, em plena janela de plantio, pesa na qualidade das linhas e na regularidade da semeadura.
O que está vindo
Na escala oficial, tempestades vão de G1 (fraca) a G5 (extrema). Em G3, há perturbações moderadas a fortes no campo magnético da Terra, que podem degradar a posição informada pelos satélites e atrasar correções de alta precisão. Para quem precisa de alinhamento “na régua”, alguns centímetros viram muitos centímetros, e a operação perde a referência.

O alerta desta semana vem de um pacote de plasma solar rumo ao nosso planeta. A janela provável fica entre a noite de 6/11 e a manhã de 7/11 (horários variam por região), com chance de oscilações antes e depois do pico. Em 2024, um evento ainda mais forte já paralisou plantios nos EUA por horas, com relatos de linhas tortas e erro muito acima do desejado, um lembrete de que esse risco é real.
Plantio sem dor de cabeça durante a tempestade
Medidas são simples, mas funcionam quando o céu “balança” a navegação. Em eventos G3, a própria NOAA aponta que sistemas de posicionamento por satélite podem sofrer interrupções temporárias, por isso a ideia é ganhar tempo até o pico passar.
- Salve linhas e mapas offline e confira backups antes de entrar no talhão.
- Monitore o erro em tempo real no display; se ultrapassar sua tolerância, pausa estratégica.
- Reduza a velocidade e aumente discretamente as sobreposições em pulverização/semeadura.
- Tenha marcação visual nas cabeceiras e linhas de referência para apoio manual.
- Replaneje áreas mais sensíveis para um horário posterior, quando o sinal estabilizar.

Essas ações simples ajudam a evitar retrabalho e perdas de precisão. Mesmo que o problema dure pouco, uma linha torta ou uma falha no estande pode custar caro. A mensagem é clara: planejamento e calma valem mais do que pressa, em poucas horas o sinal se normaliza, e o campo volta ao ritmo seguro de sempre.
Como acompanhar e decidir no dia a dia
Para quem está semeando, a melhor estratégia é combinar previsão com monitoramento. Acompanhe as atualizações do NOAA/SWPC e o EMBRACE/INPE, programa brasileiro de clima espacial que publica boletins e painéis com a evolução sobre o território nacional.
Na prática, vale organizar a agenda de quinta à noite e sexta de manhã com flexibilidade: deixe talhões que exigem precisão máxima para depois e antecipe áreas menos críticas.
A boa notícia é que esse tipo de instabilidade costuma durar poucas horas; passado o pico, o sinal volta ao padrão e a operação retoma o ritmo normal, lembrando que, no campo e no espaço, informação e planejamento continuam sendo os melhores aliados do produtor.
Referência da notícia
G3 WATCH FOR 6 AND 7 NOVEMBER UTC-DAYS. 5 de novembro, 2025. NOAA SWPC.