Megalodonte: saiba a causa da extinção desse gigante dos mares!

O megalodonte, o maior tubarão que já existiu, extinto há 3,6 milhões de anos, tinha uma característica diferente de outras criaturas marinhas, o que pode ter levado à sua extinção. Saiba do que se trata aqui.

Escultura de um megalodonte
Escultura de um megalodonte no Museu da Evolução, em Puebla, México. Crédito: Sergiodlarosa/Wikimedia Commons.

O megalodonte (Otodus megalodon) era um tubarão gigante com dentes enormes, do tamanho de uma mão humana, que habitava os oceanos há aproximadamente 23 a 3,6 milhões de anos atrás. Ele era três vezes maior que o tubarão-branco, podendo crescer até 18 metros de comprimento e pesar até 60 toneladas.

A sua extinção é um mistério que persiste há muito tempo. Várias causas foram propostas, desde a perda do habitat devido a mudanças dos níveis dos mares até a redução da quantidade de presas, e a competição por alimentos. Mas agora, um novo estudo sugere outro fator que pode ter levado ao seu desaparecimento.

A hipótese para a extinção do megalodonte

Segundo o estudo, realizado por uma equipe internacional de pesquisadores e publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, ao contrário da maioria dos animais marinhos que tem sangue frio, o megalodonte teria sangue quente. E esse seria o fator responsável pela sua extinção.

Através de análises dos isótopos no esmalte dos seus dentes, os pesquisadores concluíram que o megalodonte precisaria gastar uma enorme quantidade de energia para aquecer o próprio corpo. Essa característica o deixava em desvantagem em relação às demais espécies de sangue frio.

O megalodon (que significa “dente grande”), ou megalodonte, era um tubarão gigante que foi extinto há cerca de 3,6 milhões de anos atrás. Tinha até 15 metros de comprimento, o que o fazia um dos maiores predadores marinhos desde o período Mesozoico.

O sangue quente também teria trazido outra desvantagem. Para manter uma temperatura corporal constante, os megalodontes teriam que se alimentar muito mais do que outros tubarões de sangue frio, como o grande tubarão-branco. E com o tempo, essa desvantagem também levou à sua extinção.

Contudo, seu corpo mais quente também teria permitido que ele se movesse mais rápido e suportasse as águas mais frias. Sua temperatura corporal era cerca de 7ºC mais quente do que a água circundante. Isso permitiu que a espécie se espalhasse por várias regiões do oceano. Porém, por outro lado, também foi o que levou ao seu fim.

réplica da mandíbula de um megalodonte
Visitantes tiram foto na réplica da mandíbula de um megalodonte, no Museu Americano de Artes Naturais, em Nova York. Veja o tamanho em comparação com a pessoa. Crédito: An Rong Xu/The New York Times.

"Manter um nível de energia que permitiria a temperatura corporal elevada do megalodonte exigiria um apetite voraz que pode não ter sido sustentável em um momento de mudança nos equilíbrios do ecossistema marinho", afirmou Randon Flores, um dos coautores do estudo, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Achados de megalodontes

Recentemente, noticiamos aqui sobre um colar feito com dentes de megalodonte que foi descoberto em meio aos destroços do Titanic, durante uma varredura 3D do naufrágio. As imagens foram tiradas em 2022, que revelaram a existência dessa joia perdida.

Em outro caso, um menino de 6 anos encontrou um dente na praia de Bawdsey, na cidade de Suffolk, Reino Unido, enquanto passeava com seu pai. O fóssil tinha cerca de 10 cm de comprimento e estava em um bom estado de conservação.

dente de um megalodonte (à direita) e do grande tubarão-branco (à esquerda)
Comparação de tamanhos: dente de um megalodonte (à direita) e do grande tubarão-branco (à esquerda). Crédito: Getty Images via BBC.

E também um dente dessa espécie foi encontrado por uma garotinha de 9 anos de idade, em dezembro do ano passado, enquanto perambulava por uma praia do condado de Calvert, na baía de Chesapeake, Estado americano de Maryland. Neste caso, o fóssil tinha 13 cm de comprimento e pertenceu a um megalodonte que viveu há 15 milhões de anos.