O que observar no céu de dezembro; confira os fenômenos que encerrarão o ano
O final do ano ainda terá fenômenos astronômicos e eventos de exploração espacial, além de preparação para 2026.

Em dezembro de 2025, alguns eventos astronômicos acontecerão para encerrar o ano e saiba o que esperar desse mês. O mês terá duas chuvas de meteoros importantes chamadas de as Geminídeas e Úrsidas. A Geminídeas terá pico na noite de 13 para 14 de dezembro e é considerada uma das mais intensas e belas do ano. O mês marca também o momento em que o 3I/ATLAS chegará no ponto mais próximo da Terra e o solstício de verão no hemisfério Sul.
Já na área da exploração espacial, dezembro traz lançamentos voltados para navegação e observação da Terra. Entre eles estão os novos satélites do sistema Galileo, que ampliarão a infraestrutura europeia de navegação para ter maior precisão nos serviços de posicionamento. Também está previsto o lançamento do KOMPSAT-7, satélite de observação da Coreia do Sul, equipado com instrumentos que irão monitorar o clima, desastres naturais e mudanças ambientais.
Para finalizar o ano, também é importante destacar o que o ano de 2026 nos aguarda e alguns momentos históricos estão esperando. Para começar, a NASA irá voltar para a Lua pela primeira vez com uma missão tripulada, a Artemis II. Além disso, há planos para o lançamento da Haven-1 como uma estação espacial comercial. Esses dois momentos serão importantes para os próximos passos da exploração espacial.
Chuva de meteoros
Em dezembro, duas chuvas de meteoros chamam a atenção: a primeira é a Geminídeas, que atinge seu pico entre 13 e 14 de dezembro e é considerada uma das chuvas mais intensas do ano. Essa chuva foi produzida pelo asteroide 3200 Phaethon, seus meteoros riscam o céu a uma taxa que pode ultrapassar 100 meteoros por hora em condições ideais. Além disso, diferentemente de outras chuvas que dependem muito da Lua, as Geminídeas podem ser vistas até quando o céu não está totalmente escuro.
A segunda é a Úrsidas, que ocorre entre 21 e 22 de dezembro e é gerada pelos detritos do cometa 8P/Tuttle. Em comparação com a Geminídeas, ela costuma apresentar taxas menores, geralmente entre 5 e 10 meteoros por hora. Em alguns anos, as Úrsidas podem surpreender com alguns surtos de atividade mais intensa. Apesar de ser vista de forma mais clara no hemisfério Norte, ela ainda pode ser vista parcialmente do Brasil.
3I/ATLAS
O 3I/ATLAS tem sido um dos temas mais debatidos de 2025 desde a sua descoberta em meados do ano até agora. Ele é o terceiro objeto interestelar já identificado passando pelo Sistema Solar, seguindo os passos de 1I/ʻOumuamua e 2I/Borisov. O 3I/ATLAS foi confirmado como um cometa interestelar, exibindo coma e atividade características de cometas. Parte do gelo e poeira começaram a sublimar conforme o cometa se aproximava do Sol.
No mês de dezembro, o 3I/ATLAS chegará ao ponto de maior aproximação de aproximadamente 270 milhões de quilômetros. Essa distância é cerca de 1,8 vez a distância entre a Terra e o Sol. O curioso é que nesse momento de aproximação, o cometa estará do outro lado do Sol, impossibilitando observações diretas e não representando qualquer risco ao nosso planeta. Sua trajetória não oferece perigo para nenhum corpo do Sistema Solar enquanto está em sua passagem.
Estação espacial comercial
Além dos eventos de dezembro, o mês também será importante para a empolgação que o ano de 2026 está guardando. Em 2026, terá alguns dos momentos mais importantes para a exploração espacial. Um desses momentos será o lançamento da Haven-1 que será a primeira estação espacial comercial. Ela será projetada para funcionar como um laboratório orbital privado em órbita baixa da Terra e poderá ser o módulo inicial de uma futura estação maior.

Seu lançamento está planejado para 2026, a bordo de um Falcon 9 da SpaceX, em uma missão que também levará a primeira tripulação comercial. Essa missão inaugura uma nova era na exploração espacial onde empresas privadas irão operar estações orbitais com objetivos científicos e comerciais. A Haven-1 marca a transição gradual da Estação Espacial Internacional para um sistema de estações privadas.
2026 voltaremos à Lua!
O evento mais antecipado para 2026 é a volta para a Lua com a missão Artemis II. Essa missão será a primeira missão tripulada do programa Artemis e será responsável por levar humanos de volta à Lua. Com duração aproximada de 10 dias, a missão enviará quatro astronautas em uma trajetória ao redor da Lua a bordo da espaçonave Orion. No entanto, é importante notar que essa fase da missão não terá pouso lunar. O objetivo principal é testar todos os sistemas de suporte à vida, comunicação e navegação em condições reais.
Essa parte de teste é importante para a próxima fase da missão que pretende colocar os humanos de volta no solo lunar. Inicialmente, o lançamento estava previsto para abril de 2026, mas a NASA anunciou recentemente que trabalha com a possibilidade de antecipá-lo para fevereiro de 2026. Caso confirmado, já no começo de 2026 poderemos observar um dos momentos mais marcantes do século XXI, a volta para a Lua.