Tragédia Filipinas: tempestade tropical deixa 100 mortos e desaparecidos

Cerca de 100 pessoas perderam a vida e mais dezenas continuam desaparecidas devido à passagem da poderosa tempestade tropical Nalgae pelas Filipinas. Apesar do país já estar acostumado a tragédias naturais, a população não esperava uma dessa magnitude!

Tempestade Tropical Filipinas
Milhares de pessoas tiveram que ser resgatadas e abandonar suas casas devido às inundações repentinas causadas pela Tempestade Tropical Nalgae, nas Filipinas. Imagem: Philippine Coast Guard/ Divulgação/ Twitter.

Até esta segunda-feira (31), pelo menos 98 mortes foram confirmadas após a passagem de uma das tempestades tropicais mais destrutivas que atingiram as Filipinas neste ano! A poderosa Tempestade Tropical Nalgae (Paeng, em seu nome filipino) atingiu a ilha de Luzon, a principal das Filipinas, na sexta-feira (28), com ventos de mais de 150 km/h! Antes mesmo de atingir o continente, a tempestade já provocava chuvas fortes pelo país.

Pelo menos 53 das 98 mortes ocorreram na vila de Kusiong, na província de Maguindanao, no sul do país, que foi inundada pelas chuvas excepcionalmente fortes provocadas pela tempestade e dos consequentes deslizamentos de terra. De acordo com agentes oficiais de resgate que atuam na região, cerca de 80 a 100 pessoas, incluindo famílias inteiras, podem ter sido soterradas pelos deslizamentos de terra ou levadas pelas águas.

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Os moradores de Kusiong estão acostumados a realizarem exercícios de preparação para desastres todos os anos, principalmente para tsunamis, devido ao histórico de tragédias dessa região. Entretanto, autoridades disseram que os moradores não estavam preparados para os perigos que viriam das montanhas.

“Quando as pessoas ouviram as sirenes de alerta, elas correram e se reuniram em uma igreja em um terreno alto”, disse Naguib Sinarimbo, ministro do Interior da região, à Associated Press.“O problema é que não foi um tsunami que os inundou, mas um grande volume de água e lama que desceu da montanha”, disse ele.

A principal agência de resposta a desastres das Filipinas também informou que 69 pessoas ficaram feridas e pelo menos 63 outras continuam desaparecidas. A contagem oficial de desaparecidos não inclui as vítimas dos enormes deslizamentos de terra que atingiram a vila de Kusiong.

Não fomos capazes de prever que o volume de água seria tanto, então não conseguimos alertar as pessoas e depois removê-las do caminho das inundações repentinas - disse o presidente filipino Ferdinand Marcos Jr, desapontado com o alto número de vítimas no país

Mais de 1 milhão de pessoas foram afetadas pela tempestade Nalgae, incluindo cerca de 900 mil pessoas que tiveram que sair de suas casas. Mais de 4100 casas e 40 mil acres de arroz e outras plantações foram destruídos pelas enchentes. Os danos a infraestruturas são estimados em cerca de 13 milhões de dólares. Quase 200 voos domésticos e internacionais foram cancelados e o aeroporto internacional de Manila foi fechado por um tempo.

Nova tempestade tropical à vista!

No momento a tempestade Nalgae já se afastou das Filipinas e agora está sobre o Mar da China Meridional onde atingiu a categoria 1 de tufão, com ventos sustentados de 120 km/h, e segue uma trajetória orientada para norte/noroeste, em direção ao sul da China. As previsões indicam que a tempestade Nalgae poderá atingir o sul da China, alguns quilômetros a oeste de Hong Kong, entre quarta e quinta-feira dessa semana.


Enquanto isso, uma nova tempestade tropical se formou sobre o Pacífico Tropical Oeste, a leste das Filipinas, recebendo o nome internacional de Banyan e o nome filipino Queenie. A tempestade Banyan ainda não traz impactos diretos às Filipinas, mas as previsões indicam que a tempestade poderá se aproximar do país entre quarta e quinta-feira, podendo gerar novos episódios de chuvas.

As previsões indicam que essa tempestade não será tão intensa quanto a sua antecessora Nalgae, podendo ser rebaixada para uma depressão tropical antes de chegar ao território filipino. Entretanto, as chuvas geradas por Banyan poderão complicar ainda mais a situação das regiões que mais sofreram com a passagem de Nalgae.