O carro voador já existe: quanto tempo até estar no ar?

A ciência e a tecnologia já tornaram realidade o que tantas vezes vimos no cinema. E agora, mais cedo ou mais tarde, voaremos pelas ruas das cidade! Saiba mais do que se trata aqui.

carro voador
O X2 visa liderar o mercado de mobilidade aérea avançada.

Ficção cientifica? Não, apenas ciência. A possibilidade de circular pela cidade a bordo de um carro voador não é mais cenário de filmes futuristas. Já é uma realidade.

A empresa chinesa Xpeng Aeroth de carros voadores, afiliada da Xpeng, apresentou à sociedade o X2, o carro voador elétrico de baixa altitude que ambiciona liderar o mercado de mobilidade aérea avançada (AAM), que será a forma como os humanos se deslocarão pelas cidades num futuro não tão distante.

De aparência semelhante a um drone gigante, o X2 é na verdade um avião elétrico, decolando e pousando verticalmente. Ele pode atravessar o espaço aéreo urbano a uma velocidade de 130 km/h e tem autonomia de voo de 35 minutos com uma única carga. Por ser totalmente elétrico, não emite CO2 e não polui o ar das cidades.

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Tem capacidade para 2 passageiros sentados confortavelmente em assentos ergonômicos. É feito de materiais leves: a estrutura é de alumínio e a parte externa de fibra de carbono. Ele suporta um peso máximo de decolagem de 760 kg e pode adicionar 200 kg de carga útil. Seu design minimalista em forma de gota também contribui para um ótimo desempenho de voo.

Pode ser conduzido de forma manual ou autônoma, pois os sistemas inteligentes de bordo (incluindo radares e câmeras) podem realizar todas as fases do voo sem intervenção humana. Basta indicar o destino desejado e pressionar um botão. O veículo fará o resto.

Esta maravilha da tecnologia, tem hoje um valor de 156 mil dólares. Obviamente, este ainda é um luxo exclusivo para os poucos sortudos que podem pagar.

Mas, segundo Brian Gu, co-presidente da empresa Xpeng, a utilização inicial destas viaturas poderá focar em serviços de táxi, de vigilância urbana e de transporte médico. E esclareceu que “a regulamentação do governo deve ser estruturada para permitir e apoiar negócios não apenas na China, mas também em todo o mundo. Acredito que o marco legal e regulatório deve estar estabelecido”.

O futuro chegou: falta pouco para voar pela cidade

Como em muitas áreas, a tecnologia avança mais rápido que as infraestruturas urbanas, as regulamentações e até os costumes das sociedades.

No entanto, várias empresas automotivas e muitas outras empresas aeronáuticas pretendem ser fortes competidores no mercado dos chamados veículos elétricos de decolagem e aterrissagem vertical, ou EVTOL (Electric Vertical Take-Off and Landing).

Outras empresas estão interessadas na exploração comercial de rotas aéreas e dos chamados vertiports, os portos verticais de decolagem e pouso desses veículos.

Ao mesmo tempo, em todo o mundo, cerca de 115 cidades trabalham no desenho de rotas aéreas urbanas, com todos os desafios que isso implica ao nível das infraestruturas, serviços e gestão do tráfego aéreo.

Nos Estados Unidos, Miami e Chicago são as cidades onde há planos firmes de ligar os aeroportos ao centro da cidade por meio de corredores aéreos. Neste ano, a Archer Aviation e a United Airlines anunciaram planos para lançar a primeira rota de táxi aéreo de Chicago entre o Aeroporto Internacional O'Hare e o Vertiport Chicago até 2025.

Além da tecnologia e da regulamentação, outra peça essencial para a expansão desse mercado é a aceitação do consumidor. “Acho que provavelmente veremos isso nos próximos 5 a 10 anos”, disse Gu.