Dia Mundial do Diabetes: conscientização e prevenção para um futuro saudável

Todo dia 14 de novembro, o mundo se une para a conscientização sobre a chamada “pandemia do século 21”, a fim de fortalecer a prevenção, o diagnóstico e o tratamento. Conheça os tipos, sintomas e cuidados dessa doença.

medindo glicose no sangue
A diabetes é reconhecida como um grave problema de saúde, pois resulta frequentemente no aumento da morbimortalidade e, principalmente devido a patologia cardiovascular, insuficiência renal e amputações de membros.

Não coma tanto açúcar porque isso lhe causará diabetes”. Você provavelmente já ouviu essa frase mais de uma vez – ou você mesmo já a disse para alguém – e embora esteja intimamente relacionada, esta doença apresenta múltiplos desafios além da forma como nos alimentamos.

Em termos gerais e conforme explica o Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (NIDDK), a diabetes mellitus “ocorre quando o nível de glicose no sangue, também conhecido como açúcar no sangue, é muito elevado”.

O hormônio insulina, produzido pelo pâncreas, desempenha um papel fundamental ao ajudar a glicose dos alimentos a entrar nas células para ser usada como energia.

Esta doença tem “múltiplas faces”, pois existem diferentes tipos, cada um com as suas particularidades. É por isso que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o dia 14 de novembro como o Dia Internacional da Diabetes, a fim de “aumentar a consciencialização sobre o impacto da diabetes na saúde das pessoas e destacar as oportunidades para reforçar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento”.

Que tipos de diabetes existem e quais são seus sintomas?

Na medicina, a diabetes é classificado em três tipos. Cada um apresenta desafios únicos e compreender as suas diferenças é essencial para definir a prevenção e os cuidados:

  • Tipo 1: onde o corpo não produz insulina porque o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas que a produzem.
  • Tipo 2: é a mais comum, ocorre principalmente em adultos e é causada por fatores como obesidade ou hipertensão, que geram alterações no funcionamento do fígado e do pâncreas.
  • Gestacional: afeta gestantes devido a alterações no metabolismo, uma vez que o feto utiliza a energia da mãe para se alimentar.

Conforme explicado pela OMS a respeito dos efeitos comuns que a diabetes tem em qualquer um dos seus tipos, se a hiperglicemia não for controlada (ou seja, a glicemia permanece elevada no sangue), ocorrem danos graves no organismo, principalmente nos nervos e vasos sanguíneos.

Controle da diabetes
A diabetes tipo 1 não pode ser prevenida. Muitas vezes, a diabetes tipo 2 pode ser prevenida por meio de uma dieta saudável, atividade física regular, manutenção de um peso corporal normal e prevenção do uso de tabaco.

Em relação aos sintomas, a OMS explica que normalmente são os mesmos nos três tipos, mas que “podem ocorrer repentinamente”, e que na diabetes tipo 2 os sintomas podem ser ligeiros e levar muitos anos a serem notados. Os principais são:

  • sensação de muita sede;
  • necessidade de urinar com mais frequência do que o habitual;
  • visão turva (embaçada);
  • cansaço, fadiga;
  • perda de peso;

É importante prestar atenção a estes sintomas e entender os vários tipos de diabetes e como eles afetam o corpo, para estarmos mais bem preparados para tomar decisões sobre o nosso estilo de vida.

A importância da prevenção e de um estilo de vida saudável

Pode parecer óbvio, mas um dos segredos para manter esta doença sob controle (no caso do tipo 1 ou gestacional) ou evitar sofrê-la (no caso do diabetes tipo 2) é o diagnóstico precoce e manter hábitos saudáveis.

Diagnóstico e tratamento da diabetes
Pessoas com diabetes tipo 1 precisam de insulina para viver, enquanto aquelas com diabetes tipo 2 precisam tomar medicamentos para ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue.

Os principais fatores de risco que podem desencadear a doença descritos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças são:

  • sobrepeso ou obesidade;
  • ter mais de 45 anos;
  • antecedentes familiares;
  • inatividade física ou sedentarismo;

Por isso, a OMS recomenda a ida a um centro de saúde para um diagnóstico correto e precoce, com exame de sangue para medir a glicemia (níveis de açúcar no sangue) e a prevenção através da manutenção de um peso corporal saudável, praticar exercício físico diariamente, seguir uma dieta saudável e evitar o consumo de cigarro e álcool.

Construindo comunidades para combater a diabetes

A comunidade médica e científica em todo o mundo está preocupada, mas também procurando as melhores formas de manter esta “pandemia do século 21” fora do mapa e “proteger” as comunidades mais vulneráveis.

É assim que as iniciativas lideradas pelo Centro de Pesquisa da Rede Biomédica (CIBER) da Espanha, em conjunto com importantes instituições da Europa, procuram "implementar um programa de exercícios, educativo e nutricional sobre a função física de idosos frágeis e pré-frágeis com diabetes".

É necessário “não só procurar avanços científicos, mas também sensibilizar a sociedade para a diabetes nos idosos”, indica a coordenadora do projeto, Olga Laosa.

Um comunicado publicado no Europapress explica que a diabetes afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é uma doença crônica que ocorre com mais frequência nos idosos e piora a sua capacidade funcional e qualidade de vida.

Por isso, o projeto denominado DIABFRAIL-LATAM busca melhorar ou preservar a função física, prevenindo o aparecimento de deficiências.

Neste Dia Mundial da Diabetes, vamos refletir sobre como podemos contribuir para um futuro mais saudável para todos. Ao adotarmos hábitos de vida conscientes e encorajarmos outros a fazer o mesmo, podemos fazer a diferença.