Chuvas torrenciais deixa cidade na Espanha debaixo d'água

Nesta manhã (23), uma tempestade intensa descarregou muita água em poucos minutos na cidade de Lepe, província de Huelva, na Espanha, transformando as ruas em verdadeiros rios. Carros boiavam e até ficaram empilhados em algumas passagens estreitas.

Nesta manhã (23), uma tempestade muito forte gerou um verdadeiro dilúvio na localidade de Lepe, província de Huelva, e também em Isla Cristina ou Ayamonte. Em questão de minutos, suas ruas se transformaram em grandes rios de água e lama que carregaram tudo em seu caminho. Inúmeros carros foram levados pela correnteza, amontoando-se nas passagens e avenidas mais estreitas.


Em pouco tempo, choveu dezenas de milímetros. Na rede de observações da AEMET em Huelva, destacam-se os 87,7 mm em Ayamonte, os 45,4 mm em Aroche e 34,2 mm em El Granado. Dados sobre Lepe ainda não são conhecidos.

A tempestade ainda está ativa, enquanto se move para o leste e norte, na direção da cidade de Huelva e seus arredores. Ao passar por Lepe, o radar 'echotop' da AEMET mostrou ecos (sinal de precipitação) a uma altitude entre 12 e 14 quilômetros, o que ajuda a ter uma ideia do tamanho da nuvem cumulonimbus.

A frente tempestuosa desenvolve-se no flanco oriental da DANA (Vórtice Ciclônico em Altos Níveis), que neste momento está sobre a região de Lisboa. Neste lado geralmente se desenvolvem as nuvens mais poderosas, favorecidas pela divergência dos ventos nas camadas superiores da troposfera: ali o ar diverge e deixa espaço para outras massas vindas de baixo, às vezes bem carregadas de umidade e, originalmente, com temperaturas mais elevadas. Quando isso acontece, são formadas nuvens muito eficientes, em termos de precipitação.