Chuvas intensas provocam inundações e mortes na Suiça

Parte da Europa está passando por um verão atípico, com tempestades que causaram sérias inundações e mortes nas partes ocidental e central do continente. Saiba mais aqui!

Lucerna
Na quinta-feira passada (22), o Lago de Lucerna excedeu o nível 5 de inundação, que é o mais alto. Durante o fim de semana posterior, a água subiu mais 13 cm, deixando a região central de Lucerna inundada.

Depois de países como os Países Baixos, a Alemanha, a França e a República Checa terem sido surpreendidos por fortes chuvas que provocaram inundações, agora fortes tempestades atingiram a Suíça durante a noite do dia 24 para o dia 25 de julho.

Ventos intensos, granizo, relâmpagos e chuvas fortes afetaram, principalmente, as áreas dos cantões de Berna, Lucerna, Neuchâtel e Schwyz. A polícia no cantão de Schwyz relatou 300 incidentes devido ao mau tempo. Em Lucerna, foram relatados 210 incidentes, contudo, até o momento, não houve nenhum reporte de feridos.

Algumas estradas ficaram inundadas no cantão de Neuchâtel. Em Lucerna, as comunidades de Werthenstein, Wolhusen, Ruswil, Neuenkirch foram as mais atingidas pelas tempestades.

As inundações em Wolhusen

As cenas mais dramáticas foram as das inundações em Wolhusen, no distrito de Entlebuch, no cantão de Lucerna. Fortes correntezas de água varreram veículos ao longo das ruas, empurrando-os em direção ao rio Kleine Emme.

Os lagos e rios também aumentaram de volume após as fortes chuvas. O rio que atravessa a capital suíça, Berna, rompeu as suas margens na sexta-feira (23). O Lago Lucerna estava prestes a inundar a cidade, e a população de Basel foi orientada a se manter afastada do rio Reno.

Risco de inundação
No dia 28 de julho, o risco de inundação em lagos e rios na Suíça se encontrava entre moderado e alto.

As inundações causadas pelas fortes chuvas que atingiram uma parte da Europa Ocidental já mataram mais de 180 pessoas e deixaram outras milhares desaparecidas, segundo dados divulgados pelas autoridades locais. As chuvas, que começaram na quinta-feira (22), arrastaram vilarejos inteiros após um temporal de verão, o que não era visto há cerca de um século na região.

Esta tempestade desencadeou vários apelos para que se acelerem as ações contra as mudanças climáticas e para a proteção contra cheias. Este incidente ocorreu um dia após a União Europeia anunciar planos ambiciosos para reduzir, em menos de uma década, as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 55% abaixo dos níveis de 1990.

Os cientistas prevêem que as chuvas de verão e as ondas de calor se tornarão mais intensas devido às mudanças climáticas induzidas pelo homem.

Segundo Hannah Cloke, professora de hidrologia da Universidade de Reading, as mortes e a destruição em toda a Europa, como resultado das inundações, são uma tragédia que deveria ter sido evitada.

O fato de outras partes do Hemisfério Norte estarem, atualmente, sofrendo com ondas de calor e incêndios, que quebraram recordes inclusive, deve servir como um lembrete do quão mais perigoso o clima pode se tornar, em um planeta cada vez mais quente.

Os cientistas afirmam que os governos devem cortar as emissões de CO2 que estão alimentando os eventos extremos, e, que devemos nos preparar para condições climáticas mais extremas.