Você já ouviu falar na pipa para-raios?

No Brasil, ainda é comum ver pipas no céu de diversas cores, porém não encontraremos nenhuma como a do Benjamin Franklin. O para-raios.

O inventor americano Benjamin Franklin conseguiu comprovar que os raios podem ser atraídos por uma pipa. Depois, nasceram os para-raios.

A pipa no Brasil atualmente é fabricada com materiais como: o papel, as varetas de bambu, linha de seda e plástico (para a conhecida "rabiola"). É um passatempo comum entre a criançada brasileira. O tempo é protagonista para este lazer, pois é necessário a ação do vento em certa medida. E também na sua história.

As pipas surgiram na antiga China como dispositivo militar. De acordo com as referências históricas, em meados do ano 1200 a.C. serviram para transmitir mensagens a distância através de suas cores e movimentos. Com o passar dos séculos, a utilização da pipa se estendeu e diversificou-se, até ser içadas por diversão, como vem acontecendo há anos no Brasil (na Europa desde o século XII). Dado curioso: O uso mais curioso e extravagante deste objeto foi inventado pelo cientista Benjamim Franklin, que utilizou uma pipa como Para-raios.

No ano de 1752 Franklin publicou em Londres, através do almanaque Poor Richard's, um trabalho com que consistia na instalação de varetas de aço nos telhados, para proteger contra os raios. Naquele tempo, as pessoas pensavam que os relâmpagos eram fenômenos sobrenaturais e não foi nada fácil convence-los da realidade. Bom, de forma prática sim. Bastou uma pipa formada por umas barrinhas metálicas e uma linha de seda, que terminava com uma chave de metal.

No dia 15 de Junho daquele mesmo ano, o inventor americano aproveitou um dia de fortes tempestades na Filadélfia, para lançar seu artefato. Em questão de somente alguns minutos, um raio impactou na pipa e a descarga foi diretamente na chave metálica. Neste experimento rudimentar, Franklin comprovou que podia domesticar o "fogo elétrico", dando como válida a sua teoria. Dessa forma, nasceram os para-raios de hoje em dia, que através de hastes metálicas, capturam os relâmpagos no nossos telhados e conduzem até um lugar seguro, por uma terra eletrizada: ente capaz de absorver ou fornecer certa quantidade de carga elétrica.

O avanço foi muito importante. Nas cidades, os raios deixavam vitimas mortais pelo impacto direto e inúmeros incêndios nas casas, que eram de madeira. Moral da história? Não levante uma pipa quando houver tempestades caso não queira ter uma surpresa e ficar literalmente em choque. Sim, mesmo que a pipa não seja metálica.