Mais um recorde! O dia 21 de julho de 2024 foi considerado o mais quente do histórico, afirma Copernicus

    Mais um recorde foi atingido! Além dos 12 meses consecutivos de temperatura média global acima de 1,64°C, agora temos o dia mais quente da história da Terra.

    Terra
    O dia 21 de julho de 2024 foi o dia mais quente da Terra, segundo dados da Copernicus/ERA5.

    A temperatura média global nos últimos 12 meses, de julho de 2023 a junho de 2024, está 1,64°C acima da média pré-industrial de 1850-1900, segundo a Copernicus Climate Change Service. Um aquecimento maior que 1,5°C repetidamente, pode desencadear impactos muito mais severos no clima global, como por exemplo, ondas de calor mais extremas e eventos de chuvas e secas mais intensas e mais frequentes.

    Agora, uma análise preliminar dos dados do ERA5 revelou que o dia 21 de julho de 2024 foi o dia mais quente na história da Terra, com uma temperatura média global do ar da superfície de 17,09°C.

    Ultimamente, temos visto intensas ondas de calor atuando em grande parte dos Estados Unidos, Europa e Rússia na semana passada. Este último recorde supera as máximas de temperatura anteriores e destaca a tendência contínua de aumento das temperaturas globais.

    No ano passado, o recorde foi de 17,08°C entre os dias 3 e 6 de julho, quando as mudanças climáticas, causadas pela ação humana, como a queima de combustíveis fósseis, provocaram calor extremo extremo no Hemisfério Norte.

    Alguns cientistas sugeriram que 2024 pode superar o ano de 2023 como o ano mais quente, uma vez que as mudanças climáticas e a atuação do El Niño no primeiro semestre impulsionam o aumento da temperatura global.

    Temperatura média global acima de 1,5°C é perigoso para o planeta

    O conjunto de dados da Copernicus é a reanálise de quinta geração do ECMWF que combina observações de satélite e observações locais no Sistema de Previsão Integrado (IFS) do ECWMF, que normalmente é usado para prever o clima, para assim criar uma imagem homogênea do clima global.

    O conjunto de dados do ERA5 abrange o período de 1940 até os dias atuais, e dessa forma é possível estimar a temperatura média global e compara-la com um período de referência, como o período pré-industrial.

    O atual aquecimento induzido pela ação humana já causou diversas mudanças no sistema climático, e os impactos no ecossistema oceânico e nas correntes oceânicas são significativamente altos com o aquecimento de 1,5°C. Além disso, a grande maioria dos recifes de corais tropicais corre o risco de desaparecer.

    E se a temperatura média global atingir os 2°C, o que pode acontecer? Quais serão os impactos? Segundo o IPCC, os riscos para a saúde humana e a biodiversidade são considerados muito maiores. Cerca de 18% dos insetos, 16% das plantas e 8% dos vertebrados perderiam mais da metade de sua distribuição geográfica climática, o que poderia causar a extinção de algumas dessas espécies.

    Esses são apenas alguns exemplos que destacam a importância de limitar o aquecimento global a 1,5°C através de políticas de mitigação que diminuam as emissões de gases de efeito estufa.