Dois mil mortos e vários desaparecidos como resultado das inundações no norte da África

Várias agências de notícias internacionais relataram a forte tempestade que ocorreu na África. Houve também o rompimento de barragens, devido ao grande acúmulo de água.

África
As chuvas torrenciais causadas pela tempestade 'Daniel' deixaram lugares como a Líbia literalmente submersos. Crédito: ©National Meteorological Centre, Libya.

Segundo a imprensa internacional, a intensa tempestade que atingiu a costa norte da África associada à passagem da tempestade ‘Daniel’. Foi relatado que as inundações devastadoras causaram o rompimento de barragens, devastando bairros inteiros em várias cidades costeiras no leste da Líbia.

Um dos líderes africanos informou que teme-se que pelo menos 2.000 pessoas tenham morrido. E foi dito que aparentemente a cidade de Derna foi a que sofreu mais destruição. Diz-se que, como resultado, a infraestrutura atual está comprometida, desmoronando.

Este país africano ainda está dividido entre duas administrações rivais, uma a leste e outra a oeste. Entretanto, o número confirmado de mortos pelas inundações ocorridas subiu para 61, segundo dados fornecidos pelas autoridades sanitárias, embora a cidade de Derna não tenha sido incluída na contagem.

Esta cidade tornou-se inacessível, acreditando-se que muitas das milhares de pessoas desaparecidas tinham sido arrastadas pela corrente após o rompimento de duas barragens. Nas redes sociais é possível encontrar fotos e vídeos dessa tragédia.

Zonas residenciais apagadas do mapa

Literalmente, algumas áreas residenciais de Derna foram apagadas pela correnteza de um rio, que desce das montanhas e atravessa o centro da cidade. Contudo, alguns apartamentos em edifícios de vários andares, que anteriormente se situavam a uma boa distância do rio, sofreram danos parciais.

A catástrofe foi atribuída ao rompimento de duas barragens próximas, o que levou à repentina inundação mortal.

Em uma entrevista aos meios de comunicação da região, o primeiro-ministro do governo líbio disse que estima-se que pelo menos 2.000 pessoas tenham morrido em Derna e que outras milhares possam estar desaparecidas. Foi dito também que a referida cidade já havia sido declarada área de desastre.

Entre 5.000 e 6.000 desaparecidos

O porta-voz das forças armadas do país disse em entrevista coletiva que o número de mortos ultrapassou os 2.000. Além disso, destacou que se estima entre 5.000 e 6.000 pessoas desaparecidas. Ele atribuiu a catástrofe ao rompimento de duas barragens próximas, o que levou à repentina inundação fatal.

inundações na África
Por incrível que pareça, automóveis foram avistados nas costas africanas, em decorrência da intensa tempestade. Crédito: africanews.com

Na Líbia, tem havido falta de um governo central e o resultado da anarquia levou a uma diminuição do investimento em estradas, serviços públicos e à falta de regulamentação na construção privada. Essa nação está dividida entre governos rivais, cada um apoiado por uma série de milícias.

Várias dezenas de mortos

Pelo menos 46 pessoas morreram em Al-Bayda, cidade no leste da Líbia, disse o chefe do principal centro médico da cidade. Segundo informações fornecidas pelas autoridades de emergência, pelo menos outras sete pessoas morreram na cidade costeira de Susah, no nordeste da Líbia, e outras sete foram mortas em Shahhat.

Foi informado também que três socorristas morreram em Derna, enquanto ajudavam outras famílias. Os brigadistas relataram ter perdido contato com um de seus colegas, quando ele tentava resgatar uma família presa em Bayda. Dezenas de pessoas foram dadas como desaparecidas.

Prováveis mortes em enchentes

Dezenas de outras pessoas foram dadas como desaparecidas. No entanto, as autoridades temem que possam ter morrido nas inundações que destruíram casas e outras propriedades em várias cidades do leste da Líbia. Em Derna, a situação é catastrófica, pois a mídia local informa que não há eletricidade nem comunicações.

O ministro do Interior do governo do leste da Líbia disse que há mais de 5.000 pessoas desaparecidas. Especula-se que muitas das vítimas teriam sido arrastadas para o Mar Mediterrâneo.