Turismo de aventura: conheça as 5 novas trilhas ecológicas no Brasil para quem ama ecoturismo

Para quem curte o contato com a natureza e turismo de aventura, vai gostar de conhecer aqui as 5 novas trilhas ecológicas no Brasil, oficializadas em meados deste ano. Acompanhe conosco.

No ponto de partida do Caminho do Recôncavo da Guanabara, a vista para o Rio, onde é possível ver a Baía de Guanabara. Crédito: Custodio Coimbra/Agência O Globo.

O ecoturismo proporciona experiências imersivas em contato com a natureza, como trilhas, observação da fauna, snorkeling, entre outros, minimizando os impactos negativos sobre o meio ambiente. Suas atividades de aventura focam na sustentabilidade, incentivando a conservação da natureza e a educação ambiental.

E para quem gosta desse contato mais próximo da natureza, desbravando novos destinos neste país rico em belezas naturais, as trilhas ecológicas são uma ótima opção. Então, trazemos aqui 5 novos roteiros oficializados no Brasil desde abril deste ano. Acompanhe abaixo.

5 novas trilhas ecológicas em meio à natureza

De acordo com o Ministério do Turismo, essas cinco rotas foram inseridas na Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade, a RedeTrilhas, e estão localizadas em 5 estados brasileiros.

RedeTrilhas é uma iniciativa do Governo brasileiro destinada a conectar pontos de interesse do patrimônio cultural e natural por meio de trilhas de longo curso em todo o país. É uma ferramenta de uso público a serviço da Conservação, que objetiva conectar por trilhas as Áreas Protegidas do país.

Essas trilhas ecológicas são:

Caminho do Recôncavo da Guanabara (RJ)

Esta trilha abrange os municípios de Duque de Caxias, Petrópolis, Magé, Guapimirim e Cachoeiras de Macacu, no estado do Rio de Janeiro. Com seus 110 km de extensão, o objetivo é incentivar iniciativas agroecológicas e o ecoturismo de base comunitária na Baía de Guanabara.

A rota passa por 11 unidades de conservação que engloba parques municipais, estaduais e nacionais com atrativos naturais, flora e fauna nativas e endêmicas. E integra três Biohubs: o Sinal do Vale, a Reserva Ecovila El Nagual e a Reserva Ecológica de Guapiaçu.

Cachoeira com piscina natural, formada por nascentes de rios que deságuam na Baía de Guanabara, RJ. Crédito: Custodio Coimbra/Agência O Globo.

A trilha passa por marcos históricos, sítios arqueológicos e belas paisagens naturais com cachoeiras, mirantes e sítios de preservação. O percurso inicial fica no Morro do Rio, a parte mais alta do Sinal do Vale.

Caminho de Saint Hilaire (MG)

A extensão desta trilha vai depender como o percurso é feito, mas de qualquer forma, a rota atravessa paisagens naturais e comunidades locais, entre os municípios de Conceição do Mato Dentro e Diamantina, passando por Serro e Alvorada de Minas.

O percurso pode ser explorado a pé, a cavalo ou de bicicleta e atravessa a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço Meridional. A extensão percorrida para quem vai a pé (caminhantes/peregrinos) é de 182 km; já para quem vai por cicloturismo é de 200 km.

O início desta rota é na praça Dom Joaquim, em Conceição do Mato, e o final é a Casa do Intendente Câmara em Diamantina.

A rota revela muitas belezas naturais, como cachoeiras e formações rochosas, passando pelos biomas Mata Atlântica e Cerrado (campos rupestres). O nível de dificuldade é moderado, com trilhas e estradas de chão batido.

Caminhos da Baleia Franca (SC)

Esta trilha é um roteiro turístico para observação de baleias, que abrange os municípios de Imbituba, Garopaba e Laguna, em Santa Catarina. O percurso idealizado de 160 km fica dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca.

A observação das baleias-franca ocorre em terra, a partir de mirantes e trilhas, durante a temporada de migração das baleias, que vai de julho a novembro. Os principais pontos de avistamento dos animais são: a Praia Central, Praia da Gamboa e Praia do Silveira, ambas em Garopaba; e a Praia do Luz, Ribanceira, Praia D’Água e Praia da Vila, ambas em Imbituba.

Ponto de avistamento das baleias-franca na Praia da Gamboa, em Garopaba (SC). Crédito: Blog Viajar Verde.

A rota também inclui outras belas paisagens naturais e atividades como gastronomia, trilhas costeiras (como a "Trilha Bela Vista" em Imbituba) e observação de botos em Laguna. Recomenda-se a presença de guias especializados para aprimorar a experiência de avistagem das baleias e aprender mais sobre os animais e a região.

Trilha Transespinhaço (MG)

Esta é uma das trilhas mais extensas do país, com mais de 1.000 km, interligando 53 áreas protegidas ao longo da Serra do Espinhaço (como a Chapada Diamantina e a Serra do Cipó), em Minas Gerais, desde as proximidades de Belo Horizonte até o norte do estado.

A trilha passa por mais de 40 municípios, conectando biodiversidade, destinos turísticos e comunidades locais. A região é cheia de belezas naturais, com rios, cânions, cachoeiras e parques estaduais.

Pico do Itambé, no Parque Estadual Pico do Itambé, Minas Gerais, que faz parte da Trilha Transespinhaço. Crédito: Débora M./TripAdvisor.

Uma das expedições realizadas por lá é a Tabuleiro x Diamantina, que tem duração de 11 dias e distância de 90 km. Outro tipo de expedição cruza o Parque Estadual do Rio Preto, em São Gonçalo do Rio Preto, por exemplo. Tudo vai depender da disposição de cada um.

Caminhos da Ibiapaba (PI e CE)

Esta trilha tem cerca de 164 km de extensão, ligando dois parques entre os estados do Piauí (PI) e do Ceará (CE): o Parque Nacional de Sete Cidades (em Piracuruca, PI) e o Parque Nacional de Ubajara (em Ubajara, CE).

Trilha Caminhos da Ibiapaba. Crédito: Thiago Amaral.

A região, que abrange a Serra da Ibiapaba, oferece esta experiência incrível entre formações rochosas e sítios arqueológicos únicos, incluindo trilhas, cavalgadas e lazer em riachos.

O ponto de partida é no Parque Nacional de Sete Cidades, no Piauí, e o ponto de chegada é o Parque Nacional de Ubajara, no Ceará.

Referência da notícia

Conexão com a natureza: RedeTrilhas amplia roteiros de ecoturismo pelo Brasil. 17 de setembro, 2025. Ministério do Turismo.