Natal a 35,9°C em São Paulo: o calor atingiu um novo patamar e virou recorde dezembro
São Paulo registrou 35,9 °C no Mirante de Santana e quebrou o recorde de dezembro, segundo o INMET. O CGE apontou madrugada quente e baixa umidade. Entenda as causas e cuidados no calor extremo.

A capital paulista entrou no noticiário de fim de ano por um motivo que qualquer pessoa sente na pele: calor fora da curva. No dia 25 de dezembro de 2025, a estação do Mirante de Santana, referência do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) na cidade, registrou 35,9°C às 16h, estabelecendo um novo recorde de temperatura máxima para o mês de dezembro na série histórica.

O dado chama atenção não só pelo número, mas pelo contexto. Além do recorde de dezembro, a marca também foi tratada como o dia mais quente de 2025 na capital, superando a máxima anterior do ano registrada em outubro, segundo reportagens baseadas no INMET. É o tipo de evento que “fura a bolha”: mexe com saúde, rotina, energia, abastecimento e também com a conversa sobre extremos climáticos.
O recorde e a comparação que dá dimensão
Quando se fala em recorde, a pergunta imediata é “recorde em relação a quê?”. No caso, o valor de 35,9°C superou o recorde anterior de dezembro frequentemente citado para São Paulo: 35,6°C em 3 de dezembro de 1998, também no Mirante de Santana.
Outra leitura importante é separar “recorde do mês” de “recorde absoluto da cidade”. O registro de 35,9°C é um recorde para dezembro, não necessariamente o maior valor já observado em qualquer mês.

Essa distinção evita alarmismo e melhora a qualidade da informação: o que aconteceu foi um dezembro com cara de extremo, num momento em que a população costuma estar mais exposta (rua, viagens, confraternizações) e menos preparada para lidar com calor intenso.
Por que esquentou tanto: o “combo” meteorológico do verão urbano
O calor recorde não surge do nada. Em dias assim, a cidade costuma entrar num padrão que favorece máximas elevadas: manhã com sol forte, pouca chuva para “quebrar” a temperatura e ar seco o suficiente para deixar o termômetro subir rápido à tarde.
Além disso, há detalhes que parecem pequenos, mas contam muito. O CGE citou, por exemplo, umidade mínima ao redor de 32% e a influência de brisa marítima mais tarde, elementos que ajudam a explicar desconforto e variações ao longo do dia, sem necessariamente impedir que a máxima dispare.
O que muda na vida real: saúde, energia e a conta dos alimentos
Para o público, o impacto começa no básico: hidratação, sono e bem-estar. Mas o efeito do calor extremo também se espalha para serviços e preços. Em dias quentes, cresce o consumo de energia (ar-condicionado e ventiladores), aumenta a demanda por água e sobe o risco de problemas urbanos associados ao tempo seco e ao desconforto térmico.
Para se proteger sem complicação, o mais útil é focar em hábitos simples e sinais do ambiente. Em episódios de calor forte, vale adotar uma rotina de redução de risco, especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas:
- Beber água ao longo do dia, mesmo sem sede, e reduzir álcool em excesso
- Evitar atividade física intensa no pico da tarde e priorizar sombra/locais ventilados
- Observar sinais de exaustão pelo calor (tontura, fraqueza, dor de cabeça) e buscar atendimento se necessário
- Redobrar cuidados com pets e plantas: água fresca e ambiente menos quente
O recorde de dezembro em São Paulo é, no fim, um lembrete objetivo: extremos estão entrando na agenda cotidiana, e a melhor resposta pública combina informação confiável (INMET e CGE), prevenção e planejamento urbano e rural para um clima mais “nervoso”.
Referência da notícia
Tempestades e calor intenso marcam a semana do Natal. 23 de dezembro, 2025. INMET.