Horário de verão 2025: entenda os motivos da decisão do governo federal brasileiro
O horário de verão está oficialmente fora dos planos do governo para este ano, segundo nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social na última sexta-feira.

A expectativa pelo retorno do horário de verão voltou a circular nas redes sociais, levantando discussões sobre seus possíveis impactos na economia de energia elétrica. No entanto, na última sexta-feira (3), o governo federal esclareceu oficialmente que não haverá mudanças nos relógios neste ano.
“É falso que o governo do Brasil tenha decidido adotar o Horário de Verão. Historicamente, o Horário de Verão tinha como principal objetivo a redução do consumo de energia elétrica, a partir do melhor aproveitamento da luz natural. Em 2019, verificou-se que a medida havia deixado de produzir os benefícios energéticos esperados”, esclarece o texto.
O governo explicou que mudanças nos hábitos de consumo da população, como o uso crescente de aparelhos de refrigeração durante as tardes, reduziram a eficácia da iniciativa. Antes, o pico de consumo de energia — chamado de demanda máxima — costumava ocorrer no início da noite. Hoje, no entanto, esse ponto de maior uso se concentra por volta das 15h.
Ministério segue acompanhando o setor elétrico
Embora a decisão seja definitiva para este ano, o governo sinalizou que a medida não está completamente descartada para o futuro. O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que segue analisando periodicamente o cenário do setor elétrico por meio do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
“O setor elétrico continua passando por mudanças significativas, especialmente em função da transição energética e das mudanças climáticas. Por isso, o MME continuará avaliando periodicamente a adoção do Horário de Verão, com vistas a garantir a segurança e a confiabilidade do suprimento eletroenergético no país”, concluiu o comunicado.
A nota reforçou ainda que as transformações no clima e na matriz energética nacional são fatores importantes que podem alterar decisões futuras. Em meio a uma realidade cada vez mais impactada por eventos climáticos extremos e pela busca por fontes renováveis, o tema permanece em avaliação.
Adaptações ao novo consumo de energia
Desde a sua suspensão em 2019, o horário de verão deixou de ser aplicado após estudos técnicos indicarem que seus efeitos já não compensavam o esforço de sua implementação. A média de economia energética, que antes justificava a mudança, se tornou irrelevante diante da alteração no padrão de uso residencial e comercial de eletricidade.
Enquanto a medida divide opiniões entre setores da sociedade, autoridades mantêm o foco em outras soluções estruturais para garantir o fornecimento energético de forma eficiente e sustentável.